Ataques matam oito supervisores de ajuda humanitária em Gaza

Pelo menos oito membros da segurança encarregues de supervisionar os comboios de ajuda humanitária na Faixa de Gaza foram mortos em ataques israelitas entre sexta-feira e este sábado, segundo a agência humanitária Crescente Vermelho Palestiniano.

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© Dawoud Abo Alkas/Anadolu via Getty Images

Lusa
04/01/2025 14:49 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Médio Oriente

De acordo com os dados citados pela agência espanhola Efe, três membros morreram na cidade de Deir al Balah, no centro de Gaza, e os restantes em Khan Yunis, no sul.

 

Já na quinta-feira, o exército israelita tinha matado Mahmoud Salah, diretor-geral da polícia no sul de Gaza, e Hussam Shahwan, diretor do Departamento de Investigação, na zona humanitária de Mawasi, localizada no sul e no centro da Faixa de Gaza.

Ambos eram responsáveis por garantir a ordem na zona e prevenir atos de vandalismo na distribuição de ajuda humanitária.

Nos últimos meses a polícia de Gaza levou a cabo várias operações no sul da Faixa de Gaza contra grupos que saqueiam camiões de ajuda humanitária.

O saque de veículos é um problema crescente, tendo-se agravado nos últimos meses, razão pela qual a polícia local tem reforçado as operações.

Mais de 700 agentes de segurança encarregues dos comboios de ajuda humanitária, dos quais a população de Gaza depende para sobreviver, morreram desde o início da guerra, segundo dados do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação em grande escala no enclave palestiniano, que matou acima de 45 mil habitantes, segundo as autoridades locais, e deixou o território destruído, a quase totalidade da população deslocada e mergulhada numa grave crise humanitária.

O Tribunal Penal Internacional emitiu em novembro passado mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o antigo ministro da Defesa da Israel Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, que as forças de Israel dizem estar morto.

Em causa estão as ações israelitas realizadas na Faixa de Gaza e os ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel.

Leia Também: Mais de 45.700 mortos e 108.800 feridos em Gaza desde início da guerra

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