Não fez referência ao seu nome, mas a direção da sua mensagem era clara.
Esta segunda-feira, Emmanuel Macron acusou o patrão da X, Elon Musk, de apoiar “uma nova onda internacional reacionária” e de interferir nas eleições, nomeadamente na Alemanha e no Reino Unido.
“Há dez anos, quem teria pensado que o proprietário de uma das maiores redes sociais do mundo apoiaria uma nova onda internacional reacionária e interferiria diretamente nas eleições, incluindo na Alemanha? Quem teria imaginado isso?”, disse o presidente francês durante um discurso aos embaixadores franceses, citado pelo Le Parisien.
O governante gaulês fazia referência ao apoio contínuo de Elon Musk ao partido de extrema-direita alemão AfD.
Recorde-se que Musk, eleito por Trump para o departamento de "eficiência governamental", vai participar, na quinta-feira, numa conversa com o líder do partido de extrema-direita alemão AfD, transmitida no X.
Musk e as novas declarações a favor da extrema-direita europeia
As declarações de apoio de Elon Musk à extrema-direita europeia têm-se repetido e levaram hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, a defender que o partido de Donald Trump terá de "assumir" as palavras do multimilionário se esse apoio for real.
Elon Musk, embora tenha ele próprio emigrado, amplificou a retórica anti-imigração de Donald Trump na campanha presidencial norte-americana, defendeu novas eleições no Reino Unido, apoiou o partido de extrema-direita alemão AfD e mostrou o seu entusiasmo pela chefia do governo italiano por Giorgia Meloni, a líder mais à direita no país desde 1945.
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