Meloni diz estar pronta para trabalhar com Trump após reunião nos EUA

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou hoje estar pronta para trabalhar com o Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, depois de um encontro surpresa entre ambos no sábado, nos Estados Unidos.

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© Italian Government/Handout via REUTERS

Lusa
05/01/2025 18:44 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Itália

"Foi uma noite agradável com Donald Trump, a quem agradeço as boas-vindas. Pronta para trabalharmos juntos", declarou Meloni nas suas redes sociais, na sua primeira mensagem sobre o encontro com o Donald Trump, em Mar-a-Lago, na Florida.

 

Segundo a agência de notícias Europa Press, que cita imprensa norte-americana, Trump afirmou que Meloni será "uma excelente aliada" e é "uma mulher fantástica" que "conquistou realmente a Europa e todos".

A imprensa italiana noticiou hoje que o encontro terá durado cinco horas, durante as quais os dois responsáveis jantaram e assistiram a um documentário sobre o sistema judicial norte-americano.

A agência noticiosa Efe refere que o gabinete de Meloni manteve a viagem da chefe de Governo de Itália aos Estados Unidos em segredo e que esta deslocação só foi tornada pública algumas horas antes de o avião onde a primeira-ministra seguia aterrar.

Além da declaração de Meloni nas redes sociais e de algumas fotografias com Trump, a equipa da chefe do executivo não divulgou publicamente mais pormenores sobre o que discutiu com o presidente norte-americano eleito, que toma posse este mês.

No entanto, fontes da imprensa italiana e norte-americana afirmaram que foram abordados vários assuntos da atualidade, incluindo as tarifas aduaneiras, a guerra na Ucrânia, o conflito no Médio Oriente e a detenção da jornalista italiana Cecilia Sala no Irão.

De acordo com analistas e meios de comunicação social, a detenção de Sala foi mesmo o principal motivo da viagem de Meloni.

A sua detenção pelo Irão estará ligada à detenção, em Itália, do engenheiro iraniano Mohammad Abedini, de quem os Estados Unidos da América pedem a extradição sob a acusação de fornecer componentes de drones à Guarda Revolucionária Iraniana.

Estes episódios, aponta a Efe, põem em causa os laços de Roma com Teerão e envolvem a Itália num caso com amplas ramificações internacionais, colocando o Governo de Meloni no centro da tempestade das disputas entre os Estados Unidos e o Irão.

Dada a sensibilidade do assunto, e enquanto a diplomacia e os serviços secretos italianos trabalham para garantir a libertação da jornalista, a família da profissional apelou a um 'apagão' mediático.

O encontro entre Meloni e Trump acontece antes de o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se deslocar a Itália, entre 09 e 12 de janeiro, naquela que será a sua última viagem ao estrangeiro enquanto líder dos Estados Unidos.

Um restrito grupo de líderes políticos foi até hoje recebido em Mar-a-Lago, onde Trump reside. Da lista fazem também parte o presidente argentino, Javier Milei, o presidente canadiano, Justin Trudeau, e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

Leia Também: Meloni janta com Trump na residência do presidente eleito na Florida

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