A visita do representante da ONU, a primeira em 20 meses, faz parte dos "seus esforços para apelar a ações concretas e essenciais" pelos Huthis, "a fim de fazer avançar o processo de paz" no país, segundo um comunicado do seu gabinete.
Na sua última visita a Sanaa, em maio de 2023, Grundberg reuniu-se com os líderes Huthis para trabalharem na elaboração de um plano para alcançar a paz no país, palco desde 2014 de uma guerra civil que já causou a morte de centenas de milhares de pessoas e que provocou uma das crises humanitárias mais graves do mundo.
Desde novembro de 2023, um mês após o início da guerra em Gaza, os Huthis têm atacado navios, principalmente no Mar Vermelho, e alvos em Israel, em solidariedade com os palestinianos, prometendo dar continuidade aos ataques até que seja estabelecido um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
A maioria dos mísseis e 'drones' lançados contra Israel a partir do Iémen têm sido intercetados, mas um ataque iemenita em dezembro feriu 16 pessoas em Telavive, de acordo com o exército israelita e os serviços de emergência.
O ataque iemenita seguiu-se ao ataque do exército israelita ao aeroporto internacional de Sanaa, na capital do Iémen, ocorrido horas antes, matando seis pessoas e ferindo 40.
A visita de Grundberg tem também como objetivo "apoiar a libertação do pessoal da ONU, das organizações não-governamentais (ONG), da sociedade civil e do pessoal diplomático detido arbitrariamente", acrescentou o seu gabinete.
Dezenas de membros do pessoal da ONU e de ONGs foram detidos pelos Huthis, a maioria dos quais desde junho, acusados pelos rebeldes de pertencerem a uma "rede de espionagem americano-israelita", acusações rejeitadas pelas Nações Unidas.
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