"As reuniões técnicas prosseguem entre as duas partes", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al-Ansari, referindo-se às discussões entre os representantes dos principais negociadores sobre os pormenores de um acordo.
De momento, não há nenhuma delegação de "nível superior", acrescentou.
Há mais de um ano que o Qatar está empenhado, juntamente com os Estados Unidos e o Egito, em negociações para um cessar-fogo e para a libertação dos reféns ainda detidos em Gaza desde o ataque do Hamas a Israel de 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra no enclave palestiniano.
"Estão a ser discutidas muitas questões", disse o porta-voz da diplomacia do Qatar, que afirmou não querer entrar em pormenores "para proteger a integridade das negociações".
As negociações indiretas foram retomadas no fim de semana em Doha, capital do Qatar. A última ronda de negociações terminou em dezembro sem acordo, com as duas partes a acusarem-se mutuamente de as terem bloqueado.
Depois de ter suspendido a mediação em novembro, o emirado rico em gás disse no início de dezembro que tinha visto "um novo ímpeto" para as negociações na sequência da eleição de Donald Trump, futuro Presidente dos Estados Unidos, que será empossado a 20 de janeiro.
A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em Israel que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala no enclave, que já provocou mais de 45 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
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