"A votação para escolher o próximo Presidente da Polónia terá lugar em 18 de maio", disse o presidente do Sejm (câmara baixa do parlamento polaco), Szymon Holownia, aos jornalistas, acrescentando que, se necessário, será organizada uma segunda volta em 01 de junho.
A Polónia vive atualmente uma difícil coabitação entre o governo de coligação de Donald Tusk e o Presidente Duda, próximo do partido nacionalista Lei e Justiça (PiS), que veta a maioria das iniciativas legislativas do executivo pró-europeu e perpetua o caos jurídico herdado do anterior governo nacionalista.
O PiS governou o país entre 2015 e 2023, antes de perder o poder para a atual coligação governamental, que é muito favorável à União Europeia (UE), mas continua a ser o maior partido no parlamento.
"Ao eleger o Presidente, estamos a eleger o chefe das forças armadas, estamos a eleger alguém que irá liderar o Estado nestes tempos muito difíceis, durante os próximos cinco anos", sublinhou Szymon Holownia.
A campanha eleitoral coincide com a presidência semestral rotativa da Polónia no Conselho da UE até ao final de junho, sendo provável que os dois processos tenham um impacto mútuo.
A quatro meses das eleições, todas as principais forças políticas já apresentaram os seus candidatos.
A Coligação Cívica de Donald Tusk nomeou como seu candidato o presidente da Câmara de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, que é atualmente considerado o favorito na corrida, de acordo com todas as sondagens mais recentes, que lhe dão cerca de 36% das intenções de voto.
O partido nacionalista PiS decidiu promover a candidatura do historiador Karol Nawrocki, antigo diretor do Museu da Segunda Guerra Mundial e atual chefe do Instituto da Memória Nacional (IPN), responsável pela acusação dos crimes nazis e soviéticos contra os polacos.
Apoiado por quase 29% dos eleitores, Nawrocki poderá disputar a segunda volta das eleições com Rafal Trzaskowski.
Outros candidatos incluem o próprio presidente da câmara baixa do parlamento, Szymon Holownia, que concorrerá ao cargo de chefe de Estado com o seu partido Polónia 2050, e Slawomir Mentzen, do partido de extrema-direita Confederação, ambos com cerca de 10% das intenções de voto.
O atual chefe de Estado, que se aproxima do fim do seu segundo e último mandato, deverá abandonar o cargo em 06 de agosto.
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