Dois funcionários do governo israelita afirmaram aos jornalistas, esta segunda-feira, que o Hamas deverá libertar "33 reféns" durante a primeira fase do novo acordo de cessar-fogo que está a ser finalizado em Doha.
Israel acredita, segundo a CNN Internacional, que a maioria dos reféns ainda estão vivos e espera que os corpos dos mortos também sejam devolvidos durante o cessar-fogo inicial de 42 dias.
Um dos altos funcionários israelitas afirmou que todas as partes envolvidas parecem estar "à beira de um acordo" e que Israel está preparado para o implementar, assim que seja assinado.
Já um diplomata próximo das negociações revelou à CNN Internacional que está agendada, para terça-feira em Doha, no Qatar, uma ronda final de conversações para finalizar "questões pendentes".
O emir do Qatar, Tamim ben Hamad al-Thani, reuniu-se esta segunda-feira com os enviados para o Médio Oriente da atual e da futura administração norte-americana para discutir as negociações sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Segundo um comunicado do gabinete qatari, al-Thani reuniu-se com Steve Witkoff, enviado para o Médio Oriente do Presidente eleito, Donald Trump, e Brett McGurk, atual enviado do Presidente cessante, Joe Biden.
O possível acordo a ser negociado prevê três fases, a começar pela libertação de 33 reféns em troca de um número de prisioneiros palestinianos a determinar, e na constituição de um novo governo na Faixa de Gaza, o que culminaria na reconstrução do enclave.
O único acordo de tréguas alcançado desde o início do conflito teve a duração de uma semana, em novembro de 2023, durante o qual 105 reféns foram trocados por 240 prisioneiros palestinianos.
Até à data, oito reféns foram resgatados com vida, 40 corpos dos sequestrados foram recuperados pelo exército israelita e três morreram após terem sido baleados por soldados israelitas enquanto tentavam escapar aos seus captores.
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