Este acordo "representa o início de uma nova era" nas relações entre o Iraque e o Reino Unido, disse o governante à AFP.
O presidente iraquiano estava a bordo de um avião com destino à capital britânica, onde inicia uma visita de três dias, durante a qual deverá encontrar-se com o seu homólogo Keir Starmer e com o rei Carlos III, bem como com representantes de grandes empresas britânicas.
Esta visita "ajudará a dar um novo impulso" à relação "histórica" entre os dois países, afirmou aos jornalistas.
O acordo de parceria será "um dos marcos mais importantes na relação entre o Iraque e o Reino Unido", admitiu o primeiro-ministro.
"Haverá também um comunicado conjunto sobre a cooperação bilateral em matéria de segurança", afirmou, referindo-se às novas disposições adotadas pelo seu país tendo em vista "o fim da missão da coligação internacional".
Num contexto regional complexo, alimentado pela guerra na Faixa de Gaza entre o exército israelita e o Hamas palestiniano, grupos armados iraquianos pró-iranianos levaram a cabo dezenas de ataques com drones e foguetes no inverno de 2023 contra os soldados da coligação internacional liderada por Washington - da qual o Reino Unido faz parte.
Para evitar uma escalada de violência no território iraquiano, o primeiro-ministro, que foi levado ao poder por influentes partidos pró-iranianos, tinha iniciado conversações com Washington sobre o futuro da coligação, que também está presente na vizinha Síria para combater os jihadistas do Estado Islâmico.
No que diz respeito ao Iraque, os conselheiros militares estrangeiros da coligação deverão começar a retirar-se das bases militares no Iraque em setembro de 2025.
Uma segunda fase de retirada, com início em setembro de 2026, dirá respeito às forças da coligação destacadas no Curdistão autónomo, no norte do Iraque.
Desde 7 de outubro de 2023, apesar da guerra na Faixa de Gaza e do conflito no Líbano, as autoridades iraquianas conseguiram manter o seu país livre de violência e de tensões regionais, apesar de, no passado, grupos armados pró-iranianos terem reivindicado a responsabilidade por disparos contra Israel.
Para além do aspeto da segurança, a visita será uma oportunidade para revelar "acordos importantes com empresas britânicas", disse o Primeiro-Ministro.
"A delegação iraquiana inclui homens de negócios e estamos sempre à procura de parcerias entre o setor privado iraquiano e estrangeiro", acrescentou.
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