A mulher de Khan, Bushra Bibi, foi condenada a sete anos de prisão neste mesmo processo.
O veredito surge no meio de negociações entre o Governo paquistanês e o partido da oposição Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI), de Khan, após meses de intensa turbulência política e protestos de rua que reivindicam sobretudo a libertação do líder.
"Imran Khan foi condenado a 14 anos, enquanto Bushra Bibi foi condenada a sete anos", declarou em comunicado o porta-voz do PTI Ahmed Janjua.
O caso envolve um fundo de caridade criado por Khan e pela esposa em 2018.
De acordo com as acusações, Khan e Bibi obtiveram um terreno no valor de sete mil milhões de rupias paquistanesas (23,3 milhões de euros) como suborno do magnata do setor imobiliário Malik Riaz Hussain.
Em 2019, Hussain assinou um acordo extrajudicial com a Agência Nacional do Crime do Reino Unido para o repatriamento de 190 milhões de libras (233,3 milhões de euros) para o Governo paquistanês num caso de lavagem de dinheiro.
Na altura, o gabinete de Khan aprovou que o dinheiro fosse devolvido para a conta do magnata, aparentemente em troca do terreno. O terreno foi obtido em nome do Al-Qadir University Trust para a construção de uma universidade de beneficência.
Bibi, que se encontrava presente nas instalações da prisão onde decorreu o julgamento, foi detida imediatamente após o anúncio do veredito.
O ex-primeiro-ministro, detido em agosto do ano passado, encontra-se na prisão de alta segurança de Adiala, na cidade de Rawalpindi, tendo sido condenado por corrupção, revelação de segredos oficiais e violação das leis do casamento.
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