Hamas acusa Israel de "tentar impedir" tréguas ao intensificar ataques

O Hamas acusou hoje Israel de "tentar impedir" a aplicação do acordo de cessar-fogo, ao "intensificar" os bombardeamentos em Gaza, provocando mais de 100 mortos desde quarta-feira, dia do anúncio do compromisso que ainda não foi aplicado.

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© MOHAMMED HUWAIS/AFP via Getty Images

Lusa
17/01/2025 13:54 ‧ há 5 horas por Lusa

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Médio Oriente

"A ocupação criminosa comete deliberadamente estes massacres numa tentativa de impedir o acordo de cessar-fogo, pelo que os mediadores - Qatar, Egito e Estados Unidos - têm entre as suas responsabilidades pressionar o criminoso de guerra (o primeiro-ministro israelita, Benjamin) Netanyahu e o seu governo fascista para que parem estes massacres", declararam os islamitas palestinianos, num comunicado.

 

Para o grupo, o aumento dos ataques após o anúncio do acordo "confirma a posição terrorista e fascista" das autoridades israelitas e "a sua sede de derramamento de sangue e de massacres", como noticiou o jornal 'Filastin', ligado ao Hamas.

"Apelamos à comunidade internacional, às Nações Unidas e a todas as partes envolvidas para que tomem medidas urgentes e imediatas para acabar com o terrorismo sionista", defendeu a mesma fonte.

O Hamas exigiu também que os "massacres sem precedentes na história contemporânea" sejam documentados para que os "líderes terroristas" de Israel sejam "responsabilizados perante os tribunais internacionais".

Os serviços de proteção civil da Faixa de Gaza, enclave controlado pelo Hamas desde 2007, tinham elevado para mais de 100 o número de palestinianos mortos em ataques do exército israelita depois do anúncio do acordo de cessar-fogo, especificando que entre as vítimas estão pelo menos 27 crianças.

Numa declaração emitida pouco antes destas acusações, o chefe do Gabinete de Prisioneiros e Mártires do Hamas, Zaher Yabarin, afirmou que os "obstáculos" de última hora com Israel relativamente ao acordo tinham sido "resolvidos".

A mesma fonte atribuiu novamente os atrasos na implementação ao "fracasso da ocupação em cumprir os termos do acordo".

Pouco depois da divulgação destas declarações, o gabinete de segurança do Governo de Israel anunciou que deu 'luz verde' ao acordo de tréguas com o Hamas que prevê a troca de reféns detidos na Faixa de Gaza por palestinianos presos por Israel.

"Após ter examinado todos os aspetos políticos, de segurança e humanitários do acordo proposto, e considerando que este apoia a realização dos objetivos de guerra", o gabinete de segurança "recomendou que o Governo aprove este projeto", referiu um comunicado oficial.

O acordo de cessar-fogo deverá entrar em vigor no domingo.

Alcançado após meses de negociações indiretas, o acordo será dividido em três fases.

A primeira durará 42 dias e certificará o fim das hostilidades, a retirada das tropas israelitas da fronteira e a troca de 33 reféns por prisioneiros palestinianos.

Israel lançou a sua ofensiva contra Gaza após os ataques realizados pelo Hamas a 07 de outubro de 2023 no sul do território israelita que fizeram quase 1.200 mortos e cerca de 250 reféns.

Desde então, mais de 46.700 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, de acordo com as autoridades do enclave, controladas pelo Hamas.

Também foram mortas mais de 850 pessoas pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Leia Também: Israel. Gabinete de segurança recomenda cessar-fogo (falta votação final)

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