Para além da pressão da comunidade internacional, que tem vindo a pedir para que Israel não abandone o acordo com o Hamas, também os residentes no país estão na rua para pedir que a 'luz verde' seja dada neste acordo.
Entre os milhões de pessoas que têm vindo a sair à rua a pedir um cessar-fogo, estão familiares de reféns sob controlo do Hamas, há já cerca de 15 meses.
Esta sexta-feira, enquanto se aguarda pela aprovação final e ratificação do acordo entre as duas partes - que permitirá não só libertar reféns como também a entrada de ajuda humanitária em Gaza -, a mãe de um dos reféns, Matan Zangauker, fala sobre a eventual libertação do filho.
Matan não está na lista dos primeiros reféns a serem libertados já no domingo, mas Einav Zanguaker, a sua mãe, pede que Telavive não recue.
"Isto é o mais perto que estive de abraçar o meu filho. Não podemos perder a oportunidade, temos de manter o acordo até ao último refém", afirmou a mulher, citada pela publicação The Times of Israel.
Einav Zanguaker é uma das familiares que se tornou uma 'cara conhecida' pelo regresso dos reféns, tendo esta sexta-feira discursado, enquanto a 'luz verde' para a aprovação do acordo é discutida.
A ser aprovado, o cessar-fogo começará no domingo, no mesmo dia em que o governo israelita já garantiu que vão ser libertados 33 reféns. Três dos reféns que serão libertados têm ligações a Portugal, de acordo com a lista emitida esta sexta-feira pelo executivo de Benjamin Netanyahu.
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