A decisão, não passível de recurso, foi tomada após seis horas de deliberação e confirma uma decisão anterior do Tribunal de Recurso de Bucareste.
Na quinta-feira, enquanto aguardava o veredicto, o candidato ultranacionalista e pró-russo Calin Georgescu descreveu a anulação das eleições como uma "luta contra Deus".
"Esta é uma luta contra os direitos do povo romeno e, em particular, contra o mais importante direito básico à liberdade, ou seja, o voto livre", disse, à saída do tribunal.
Na primeira volta das eleições presidenciais romenas, realizada a 24 de novembro, Georgescu ganhou surpreendentemente com 23% dos votos -- as sondagens atribuíam-lhe 6% das intenções de voto -, à frente da candidata centrista Elena Lasconi, que teve 19%.
O Tribunal Constitucional anulou as eleições em 06 de dezembro, 48 horas antes da segunda volta, para a qual Georgescu era favorito, por suspeita de interferência de um "agente de um Estado estrangeiro", em referência à Rússia, e de irregularidades no financiamento da campanha.
O novo governo de coligação romeno, liderado pelo socialista Marcel Ciolacu, decidiu que as eleições presidenciais na Roménia terão lugar a 04 de maio, com uma possível segunda volta a 18 de maio, caso nenhum dos candidatos obtenha a maioria absoluta.
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