Mulheres, alvejadas e com saúde a "deteriorar-se". Quem é trio libertado?

Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher são as três mulheres que o Hamas vai começar por libertar. Uma foi levada debaixo da cama, onde se escondia quando foi raptada, e outra foi levada do Festival de Música Nova. Conheça onde estavam estas mulheres quando foram levadas e o que as famílias dizem.

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© Bring_Daughters/ X (antigo Twitter)

Teresa Banha
19/01/2025 11:43 ‧ há 3 horas por Teresa Banha

Mundo

Médio Oriente

O cessar-fogo deste domingo começou quase três horas após o que estava previsto, depois de Telavive exigir que o Hamas enviasse a lista das reféns que iriam ser libertadas ainda hoje.

 

Israel já disse que nos próximos dias mais quatro reféns (mulheres que estão vivas) estão previstas ser libertadas pelo Hamas.

Mas, para já, as primeiras três devem ser entregues a Israel. O trio, cujo nomes Telavive só soube hoje, são Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher (abaixo, por esta ordem).

 

Quem são e como estão há 15 meses 'nas mãos' do Hamas?

Emily Damari

Emily Damari será a única refém com nacionalidade britânica a estar sob controlo ainda do Hamas. Damari, de 28 anos, cresceu em Londres e mudou-se para Israel já com 20 anos, onde se instalou com a sua família.

Foi raptada durante o ataque de 7 de outubro em Kibutz Kfar Aza, no sul de Israel. De acordo com a Sky News, na altura foi "baleada na mão, ferida por estilhaços na perna, vendada, enfiada na parte de trás do seu próprio carro e levada de volta para Gaza".

Já o mês passado a mãe desta jovem tinha dito que acreditava que a jovem ainda estava viva, apesar de saber que o estado de saúde da filha, com dupla nacionalidade (israelita e britânica) estava a "deteriorar-se a cada minuto".

Mãe de refém britânica pede ajuda humanitária até libertação

Mãe de refém britânica pede ajuda humanitária até libertação

A mãe da única refém britânica detida em Gaza pelo grupo islamita palestiniano Hamas pediu hoje maior pressão internacional para garantir ajuda humanitária aos reféns ainda em cativeiro. 

Lusa | 11:57 - 05/12/2024

Romi Gonen

Romi Gonen é a refém mais nova a ser libertada hoje. Tem 24 e é uma das vítimas que foi levada enquanto fugia do Festival de Música Supernova.

Segundo conta a publicação The Jerusalem Post, Romi estava ao telemóvel com a mãe, Mairav, enquanto tentava fugir do Hamas, que a conseguiu capturar. A mesma publicação dá conta de Ben Shimoni tinha Romi na 'sua lista'. Shimoni regressou ao local para tentar salvar várias pessoas, e esta mulher, na altura com 23 anos, seria uma delas. Shimoni foi morto pelo Hamas depois de ter conseguido salvar nove pessoas, e ter ido ao local duas vezes com sucesso. Ficou conhecido como o 'Anjo da Nova' e estava também no festival.

O Jerusalem Post dá ainda conta de que as últimas palavras que a mãe de Romi ouviu da sua filha ao telefone era a de que tinha sido baleada. "Eles atingiram-me, mãe. Estou a sangrar. Estamos todos"

A entrega destes nomes estaria prevista, mas o grupo islamita deu conta de que o atraso se devia a um "problema técnico". Entre o "problema" e a 'luz verde' de Israel, Telavive disse que não iria parar com os ataques.

O pai de Romi diz que ela é uma "rapariga cheia de magia" e num artigo publicado no sábado reiterava que estavam "muito otimistas" de que ela ainda estaria viva.

Doron Steinbrecher

Doron Steinbrecher é a terceira mulher que será libertada, aos 31 anos. Steinbrecher é uma enfermeira veterinária que terá sido levada da sua casa em Kfar Aza a 7 de outubro de 2023.

Segundo o que a mãe contou ao Financial Times, a mulher estava escondida debaixo da sua cama quando o Hamas entrou no seu apartamento, de onde enviou uma última mensagem. "Eles têm-me", a mãe dela atirou.

Pouco de sabe sobre esta mulher, que tem nacionalidade romena para além da israelita. Segundo o Jerusalem Poste esta precisava de tomar medicação, mas não é detalhado para o quê.

Nos últimos meses antes do ataque de 7 de outubro, ela tinha mostrado algumas preocupações sobre a segurança do país. Num vídeo, Doron apareceu ainda viva, mas isso já terá sido há alguns meses. 

Em menos de três horas, que foi o que durou este adiamento, morreram pelo menos 19 pessoas em Gaza vítimas de ataques israelitas. Outras 36 ficaram feridas.

Leia Também: "Merecemos viver". As primeiras imagens do cessar-fogo no Médio Oriente

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