Ao mesmo tempo, o exército russo continua a avançar em vários pontos da frente e reivindicou hoje a tomada de Shevchenko, a sul de Pokrovsk, uma cidade-chave para a logística das forças ucranianas, bem como de Novoyegorivka, na região de Lugansk.
As tropas russas, que avançam há meses contra as forças ucranianas, que têm poucos homens e estão menos bem armadas, estão agora a cerca de seis quilómetros da região de Dnipro.
"Na sequência do bombardeamento de Bekhtery, dois adultos foram mortos e 13 pessoas ficaram feridas. Entre os feridos encontram-se três crianças", declarou o serviço de imprensa de Vladimir Saldo.
A cidade de Bekhtery fica a menos de 50 quilómetros da cidade de Kherson, controlada pelos ucranianos, do outro lado do rio Dnieper, que funciona como uma demarcação natural entre os exércitos ucraniano e russo na região.
Na Rússia, um depósito de petróleo na região ocidental de Voronezh continuava em chamas hoje de manhã, cinco dias depois de ter sido atingido por um ataque de um 'drone' ucraniano.
"Em algumas zonas, o fogo foi eliminado. Noutras, (...) a intensidade das chamas diminuiu. Ao mesmo tempo, continua a trabalhar-se para evitar que o fogo se propague", afirmou o governador regional, Alexander Gusev.
Nos últimos dias, vídeos publicados pelos meios de comunicação social russos e nas redes sociais mostraram um grande incêndio no local.
Na região de Kaluga, que faz fronteira com Moscovo, a queda de detritos de 'drones' abatidos causou um incêndio nas instalações de uma empresa local no domingo à noite.
O incêndio foi rapidamente controlado, de acordo com o governador regional, Vladislav Chapcha.
No total, o exército russo disse ter intercetado hoje 31 'drones' ucranianos que visavam empresas industriais, incluindo no Tartaristão (Volga), a cerca de 1.000 quilómetros da fronteira ucraniana.
As autoridades regionais disseram que os ataques não causaram "quaisquer vítimas ou danos".
Kyiv também anunciou que 141 'drones' russos visaram a Ucrânia durante a noite, dos quais 93 foram abatidos.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.
A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia ordenada em fevereiro de 2022 pelo Presidente Vladimir Putin para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.
Desconhece-se o número de vítimas civis e militares em quase três anos de combates, mas diversas fontes, incluindo a Organização das Nações Unidas, têm admitido que será elevado.
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