"Nova liderança" síria "determinada" em encontrar jornalista americano

A mãe do jornalista norte-americano Austin Tice, desaparecido na Síria desde 2012, afirmou hoje que a nova liderança do país está determinada a encontrar o seu filho.

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© Bekir Kasim/Anadolu via Getty Images

Lusa
20/01/2025 11:34 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Síria

Austin Tice trabalhava para a Agence France-Presse (AFP), McClatchy News, Washington Post, CBS e outros meios de comunicação social quando desapareceu, em 2012, perto de Damasco, quando a Síria estava em guerra há cerca de um ano.

 

"Tive o privilégio de me reunir com a nova liderança da Síria", disse Debra Tice numa conferência de imprensa em Damasco.

"Fiquei feliz por saber que estão determinados a trazer o meu filho para casa", acrescentou.

A organização não-governamental Hostage Aid Worldwide avançou, no final de dezembro, acreditar que Austin Tice estava vivo, embora não tenha fornecido quaisquer informações concretas sobre o seu paradeiro.

A sua mãe também já tinha garantido ter informações que indicavam que o seu filho estava vivo e o novo governo sírio - que derrubou Bashar al-Assad no início de dezembro -- assegurou estar à procura do jornalista.

"Tenho uma grande esperança de que a administração Trump esteja muito envolvida e diligente no esforço de trazer Austin para casa", avançou ainda a mãe, acrescentando que os conselheiros do novo Presidente norte-americano já a contactaram.

"Penso que agirão rapidamente", acrescentou ainda Debra Tice, quando faltam poucas horas para a tomada de posse de Donald Trump.

Segundo acredita o presidente da Hostage Aid Worldwide, Nizar Zakka, Tice esteve preso entre novembro de 2017 e fevereiro de 2024 pelo regime de Bashar al-Assad, derrubado há duas semanas por uma coligação de rebeldes.

Numa entrevista à AFP, a 13 de janeiro, Nizar Zakka disse que a sua ONG tinha "muitas pistas", acrescentando que tinha recebido chamadas telefónicas após uma campanha massiva de SMS a pedir aos sírios de todo o país informações sobre Tice.

"Estamos a examinar as paredes das celas", incluindo as que foram pintadas ou queimadas, explicou, especificando que visitaram as prisões de Damasco e Latakia.

A coligação de rebeldes islâmicos que derrubou Assad a 08 de dezembro abriu prisões e libertou milhares de detidos, incluindo um norte-americano, mas Tice continua desaparecido.

Leia Também: Síria. Noruega promete trabalhar com UE para acabar com sanções

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