Austin Tice trabalhava para a Agence France-Presse (AFP), McClatchy News, Washington Post, CBS e outros meios de comunicação social quando desapareceu, em 2012, perto de Damasco, quando a Síria estava em guerra há cerca de um ano.
"Tive o privilégio de me reunir com a nova liderança da Síria", disse Debra Tice numa conferência de imprensa em Damasco.
"Fiquei feliz por saber que estão determinados a trazer o meu filho para casa", acrescentou.
A organização não-governamental Hostage Aid Worldwide avançou, no final de dezembro, acreditar que Austin Tice estava vivo, embora não tenha fornecido quaisquer informações concretas sobre o seu paradeiro.
A sua mãe também já tinha garantido ter informações que indicavam que o seu filho estava vivo e o novo governo sírio - que derrubou Bashar al-Assad no início de dezembro -- assegurou estar à procura do jornalista.
"Tenho uma grande esperança de que a administração Trump esteja muito envolvida e diligente no esforço de trazer Austin para casa", avançou ainda a mãe, acrescentando que os conselheiros do novo Presidente norte-americano já a contactaram.
"Penso que agirão rapidamente", acrescentou ainda Debra Tice, quando faltam poucas horas para a tomada de posse de Donald Trump.
Segundo acredita o presidente da Hostage Aid Worldwide, Nizar Zakka, Tice esteve preso entre novembro de 2017 e fevereiro de 2024 pelo regime de Bashar al-Assad, derrubado há duas semanas por uma coligação de rebeldes.
Numa entrevista à AFP, a 13 de janeiro, Nizar Zakka disse que a sua ONG tinha "muitas pistas", acrescentando que tinha recebido chamadas telefónicas após uma campanha massiva de SMS a pedir aos sírios de todo o país informações sobre Tice.
"Estamos a examinar as paredes das celas", incluindo as que foram pintadas ou queimadas, explicou, especificando que visitaram as prisões de Damasco e Latakia.
A coligação de rebeldes islâmicos que derrubou Assad a 08 de dezembro abriu prisões e libertou milhares de detidos, incluindo um norte-americano, mas Tice continua desaparecido.
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