"Boa consciência". Biden concede "indulto preventivo" a críticos de Trump

Entre os indultados está o ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, Mark Milley, e o responsável pelo combate à Covid-19, Anthony Fauci, além de membros do Congresso e funcionários que integraram uma comissão de investigação sobre o ataque ao Capitólio, ocorrido a 6 de janeiro de 2021.

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© ROBERTO SCHMIDT/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
20/01/2025 13:56 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

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Eleições EUA

O ainda presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu "indultos preventivos" a críticos de Donald Trump, que toma posse esta segunda-feira como 47.º presidente do país. O objetivo, de acordo com um comunicado, é evitar "processos injustificados e politicamente motivados".

 

Nos EUA é tradição um presidente conceder clemência no final do seu mandato, mas estes atos de misericórdia são geralmente oferecidos a cidadãos comuns que foram condenados por crimes.

Contudo, Biden usou este poder da forma mais ampla e recorreu a uma formulação inédita: para perdoar aqueles que ainda nem sequer foram investigados.

Entre os indultados está o ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, Mark Milley, e o responsável pelo combate à Covid-19, Anthony Fauci, além de membros do Congresso e funcionários que integraram uma comissão de investigação sobre o ataque ao Capitólio, ocorrido a 6 de janeiro de 2021.

"A nossa nação depende todos os dias de funcionários públicos dedicados e altruístas. Eles são a força vital da nossa democracia. No entanto, de forma alarmante, os funcionários públicos têm sido objeto de ameaças e intimidações constantes por cumprirem fielmente os seus deveres", escreveu Joe Biden num comunicado divulgado esta segunda-feira.

Lembrando que os indultados foram "ameaçados com processos criminais", Biden destacou que os mesmos "não merecem ser alvo de processos injustificados e politicamente motivados".

Apesar de acreditar no "Estado de direito" e que a "força das instituições jurídicas acabará por prevalecer sobre a política", o presidente norte-americano considerou que "estas são circunstâncias excecionais" e, por isso, não pode, "em boa consciência, não fazer nada".

Anthony Fauci, recorde-se, foi diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Saúde durante quase 40 anos e foi o principal conselheiro médico de Biden, até à sua reforma em 2022.

O médico ajudou a coordenar a resposta à pandemia de Covid-19 e irritou Trump quando se recusou a apoiar as alegações infundadas sobre a doença do então presidente durante o seu primeiro mandato (2017-2021), tendo sido alvo de críticas pelos setores conservadores do Partido Republicano.

Já Mark Milley foi chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e chamou fascista a Trump, mostrando-se chocado com a forma como este colaborou com a invasão do Capitólio (sede do Congresso norte-americano) em 2021.

Biden também perdoou membros e funcionários do comité da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) que investigou a invasão do Capitólio, incluindo os ex-congressistas Liz Cheney e Adam Kinzinger, ambos republicanos, bem como os agentes da polícia do Capitólio dos EUA e da área metropolitana de Washington D.C. que testemunharam perante o comité.

Sublinhe-se que Donald Trump toma posse esta segunda-feira como 47.º presidente dos Estados Unidos, após ter vencido as eleições de 5 de novembro. A cerimónia realiza-se em Washington D.C. e contará com a presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita.

Leia Também: Biden exorta norte-americanos a manterem "a fé", na véspera da posse de Trump

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