"Somos outro país, as dificuldades, as agressões, as sanções, fizeram de nós outro país, seres humanos diferentes. Hoje somos melhores, muito melhores do que antes, aconteça o que acontecer. Estamos preparados para continuar a avançar como país, para continuar a construir a sociedade, a construir a nova economia, recuperar os direitos sociais no estado de bem-estar. Estamos bem preparados como povo", disse Maduro num vídeo divulgado no Telegram, no qual defende que "é preciso lutar pelo dinheiro".
"Nós sabemos bastante disso. Esta geração sabe-o, porque tivemos de lutar por cada grão de feijão, de arroz, que chega a casa e cada cêntimo que investimos na educação, na saúde, na habitação e no rendimento. Nós lutamos, ganhámos e é por isso que lhe damos tanto valor", acrescentou.
Num outro vídeo no Telegram, Nicolás Maduro refere que a Venezuela controlou e venceu a hiperinflação e que o país regista a inflação mais baixa dos últimos anos.
"Estamos a ter a inflação mais baixa dos últimos 12 anos, que é de 48% em 2024. É uma inflação sustentada por uma política económica produtiva de equilíbrio. No ano de 2023 tínhamos 190%, vínhamos vencendo a inflação. Viemos de 130.000% por cento anualizada, depois 9.500%, 2.960%, 686%, 234% em 2022, 190% em 2023, e 48% em 2024", e que vai melhorar em 2025, afirma.
"Derrotada a inflação, controlada a inflação, agora é preciso derrotá-la completamente, com produção, com políticas económicas corretas", sustenta.
Ainda no Telegram, num outro vídeo, Nicolás Maduro, que em 10 de janeiro tomou posse para um terceiro mandato de seis anos, apesar de a oposição questionar os resultados das eleições presidenciais de 28 de julho, sublinha que os opositores têm todas as garantias democráticas, constitucionais e eleitorais no país.
"A oposição política venezuelana sabe que tem todas as garantias para se organizar e participar na política democrática, constitucional e eleitoral do país", referiu Maduro para quem a oposição tem uma grande oportunidade com as eleições para a Assembleia Nacional, governações (distritos), câmaras municipais, cujas datas deverão ser anunciadas em breve e que, segundo a imprensa local, deverão decorrer ainda este ano.
"Eis aí a grande oportunidade que têm (...) para saírem, se reconstruírem, para se reconvocarem, e têm todas as garantias. Mantenhamos um diálogo ativo e vivo como oponentes, como adversários e não como inimigos. Não vos reconheço como inimigos, nem pessoais, nem políticos. Reconheço em vós adversários que também têm o direito de transitar o seu próprio caminho e de defender as suas ideias", conclui.
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