"Estamos confiantes no acordo quanto ao seu conteúdo e no facto de termos resolvido todas as questões importantes que estavam em cima da mesa", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al-Ansari, embora tenha reconhecido a sua fragilidade do acordo.
"A mais pequena violação por uma das partes ou uma decisão política poderia obviamente levar ao seu colapso", acrescentou Al-Ansari durante uma conferência de imprensa em Doha.
A entrada em vigor da trégua de seis semanas, que aconteceu no domingo passado, marcou o início de um processo ainda incerto que visa colocar um fim a 15 meses de guerra entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas.
"A Administração [do Presidente norte-americano, Donald] Trump apoiou muito este acordo. Nós pensamos, pelos contactos que temos [nos Estados Unidos], que acreditam neste acordo", enfatizou a autoridade do Qatar.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, que tomou posse do seu segundo mandato presidencial, manifestou na segunda-feira dúvidas sobre a solidez do acordo.
"Não é a nossa guerra, é deles. Mas não estou confiante", respondeu Trump, ao ser questionado se as armas estarão em silêncio durante muito tempo no território palestiniano.
O acordo prevê um cessar-fogo inicial de 42 dias e a troca de 33 reféns israelitas por cerca de 1.900 prisioneiros palestinianos.
Após estas seis semanas, deverá ser iniciada uma segunda fase, cujos contornos ainda estão a ser negociados entre Israel e o Hamas, com a mediação dos Estados Unidos, do Egito e do Qatar.
Após a libertação no domingo passado de três reféns israelitas e 90 prisioneiros palestinianos detidos em Israel, o Hamas deverá libertar quatro mulheres israelitas no sábado, na segunda troca prevista no acordo, anunciou hoje um alto dirigente do Hamas.
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