Uma doença misteriosa matou, até ao momento, 17 pessoas, em cerca de um mês, numa aldeia remota no estado indiano de Jammu e Caxemira, avança o jornal The Independent.
As vítimas pertenciam a três famílias distintas, sendo que, entre 7 e 12 de dezembro do ano passado, morreram nove pessoas. No domingo, um adolescente de 16 anos, Yasmeen Kousar foi a mais recente morte no leque de pessoas que contraíram esta doença, e foi também o quinto menor da mesma família a morrer.
As mortes ocorreram na aldeia remota de Budhal - onde a população é predominantemente de tribos. As vítimas tiveram de ser enterradas em duas filas em dois cemitérios.
Em virtude das mortes, as reuniões comunitárias cessaram e muitos residentes recusaram-se a consumir alimentos preparados fora das suas casas.
O ministro do Interior da Índia, Amit Shah destacou uma equipa interministerial de alto nível para investigar a situação, que já está a tentar apurar os contornos do que aconteceu. Para além disso, avançou que a polícia local formou uma equipa de investigações especiais para explorar outros ângulos, incluindo crime.
Os sintomas da doença incluem febre, dor abdominal, vómito e episódios de perda de consciência. A primeira morte aconteceu a 7 de dezembro.
Fazal Hussain, habitante em Budhal, adoeceu após ter estado presente numa refeição comunitária no casamento da filha. Em poucos dias também quatro outros membros da família, incluindo crianças entre os 5 e os 14 anos, morreram.
Equipas médicas examinaram mais de 3 mil pessoas na região, mas não encontraram vestígios de qualquer doença transmissível por bactéria ou vírus que tenha causado as mortes, segundo a Hindu Businessline, citada pelo mesmo jornal.
De acordo com o The Print, descobertas preliminares indicam a presença de neurotoxinas, mas a toxina exata e a sua fonte não foram identificadas.
"Apesar dos extensos testes e vigilância, ainda não sabemos o que está a matar estas pessoas", refere a ministra da Saúde local, Sakina Itoo, citada pelo The Independent. "Descartámos a possibilidade de infeções bacterianas e virais, mas isto aprofunda o mistério".
Sem certezas, os investigadores suspeitam que alimentos ou água contaminados possam estar na origem da doença.
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