Centenas de casais do mesmo sexo casam-se esta quinta-feira, 23 de janeiro, na Tailândia, dia em que a lei que reconhece o casamento LGBTQI+ entra em vigor no país - que se torna assim o primeiro do Sudoeste Asiático a dar esse passo.
O projeto de lei histórico foi aprovado pelo parlamento tailandês em junho do ano passado, com 130 votos a favor e apenas quatro contra. Em seguida, foi promulgado pelo rei, Maha Vajiralongkorn.
De acordo com os meios de comunicação social internacionais, só no centro de Bangkok, 300 casais inscreveram-se para se casarem numa cerimónia coletiva que se realizou hoje num centro comercial local, um evento organizado com a Bangkok Pride e as autoridades locais.
A nova regra concede aos casais LGBTQIA+ os mesmos direitos jurídicos e reconhecimento que aos casais heterossexuais, incluindo questões relacionadas com a herança, adoção de filhos e tomada de decisões em matéria de cuidados de saúde.
A primeira-ministra, Paetongtarn Shinawatra, comemorou a aprovação da lei na semana passada, onde perante vários casais gay disse: “É como um sonho, mas não é um sonho. Parabéns a todos. Isto demonstra que a Tailândia está pronta para abraçar a diversidade e aceitar o amor de todas as formas. Mostra que o nosso país é aberto e recetivo”.
Para preparar os membros do governo e dos serviços públicos, historicamente conservadores, foram dadas várias formações, incluindo palestras, de consciencialização sobre a diversidade de género e orientação sexual.
Com a nova regulamentação, a Tailândia torna-se no terceiro país da Ásia a permitir o casamento gay, depois de Taiwan, em 2019, e o Nepal, em 2023.
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