"Ontem [quinta-feira], as autoridades de facto em Sana [Hutis] detiveram novamente membros da equipa da ONU que trabalhavam nas áreas sob o seu controlo", disse o gabinete do coordenador das Nações Unidas no Iémen num comunicado, sem especificar o número.
"Para garantir a segurança de todo o pessoal das Nações Unidas, a organização suspendeu todos os movimentos oficiais para e dentro de áreas sob o controlo das autoridades 'de facto'. Esta medida permanecerá em vigor até novo aviso", indicou a nota.
As autoridades da ONU no Iémen estão em contacto com representantes rebeldes para "exigir a libertação imediata e incondicional de todos os funcionários e parceiros da ONU detidos", acrescentou a nota.
As detenções ocorreram depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter assinado uma ordem executiva para reclassificar os rebeldes iemenitas - apoiados pelo Irão - como uma "organização terrorista estrangeira".
Em junho de 2024, os Hutis, que controlam grandes áreas de território e a capital, Sana, detiveram 13 funcionários da ONU, incluindo seis funcionários do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, além de 50 colaboradores de organizações não-governamentais (ONG) e um funcionário de uma embaixada.
Na passada quarta-feira, o enviado especial das Nações Unidas para o Iémen, Hans Grundberg, definiu a libertação da tripulação do navio 'Galaxy Leader', após um ano de detenção pelos rebeldes iemenitas, como uma ação "encorajadora" e instou os Hutis a implementar medidas positivas "em todas as frentes", referindo-se à possível libertação dos funcionários da ONU presos.
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