O advogado de defesa de todos eles, Manzoor Rahmani, já adiantou que vai recorrer da decisão.
Segundo as leis de blasfémia do país, qualquer pessoa considerada culpada de insultar o islamismo ou figuras religiosas pode ser condenada à morte.
As autoridades ainda não aplicaram tal pena, embora a acusação de blasfémia e oposição à lei possa incitar à violência da multidão ou a represálias.
O juiz Tariq Ayub, da cidade de Rawalpindi, terceira maior cidade da província do Punjab, mas a sul de Islamabade, declarou que blasfémia, desrespeito a figuras sagradas e profanação do Alcorão são ofensas imperdoáveis e não deixavam espaço para clemência.
Além das condenações à morte, o juiz impôs multas coletivas de 4,6 milhões de rupias (cerca de 16.500 dólares -- 15.710 euros) e determinou penas de prisão para cada um dos quatro, caso um tribunal superior anule e reverta as penas capitais.
Manzoor Rahmani criticou a decisão do tribunal e a falta de evidências das autoridades investigadoras.
"As dúvidas e incertezas que surgem em tais casos são ignoradas pelos tribunais, provavelmente devido ao medo de reação religiosa e potencial violência da multidão contra o juiz se o acusado for absolvido", disse Rahmani.
"Estamos a preparar os recursos contra a decisão e iremos ao Tribunal Superior", acrescentou.
Medidas anti-blasfémia introduzidas no Paquistão na década de 1980 tornaram ilegal insultar o islamismo.
Desde então, várias pessoas têm sido acusadas de insultar a religião, profanar os textos ou escrever comentários ofensivos nas paredes das mesquitas.
Os críticos da lei dizem que é usada para resolver disputas pessoais.
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