Sobe para 70 número de vítimas após ataque com drone a hospital no Darfur

Pelo menos 70 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num ataque com drones a um hospital saudita na cidade de Al-Fasher, capital do estado de Darfur do Norte, no oeste do Sudão, divulgaram hoje fontes oficiais.

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© -/AFP via Getty Images

Lusa
25/01/2025 13:11 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Sudão

O governador de Darfur, Minni Arko Minawi, numa declaração em sua conta X, noticiada pela a agência de notícias EFE, apontou que o ataque foi do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em ingês).

 

O governador deu conta da morte de 70 pacientes, incluindo mulheres e crianças.

Antes, já uma fonte médica, que pediu anonimato por temer represálias, tinha dito à AFP que o ataque tinha causado pelo menos 30 mortos.

E os Comités de Resistência Al-Fasher, que têm estado encarregues da contagem das vítimas desde o início do conflito, tinham anteriormente estabelecido em comunicado o número de mortos no ataque em 30, atribuindo-o também a um drone das FAR.

"Dezenas ficaram feridas", referia-se no comunicado, sem especificar o número.

A organização acrescentou que o bombardeamento causou a destruição total da área de acidentes do hospital, deixando-o fora de serviço.

Tanto Minawi quanto os Comités observaram que o Hospital Saudita era o único que ainda prestava serviços aos pacientes na região após a destruição de outros hospitais no conflito que começou em meados de abril de 2023.

Desde abril de 2023, o Sudão é palco de uma guerra entre as forças paramilitares, lideradas pelo general Mohamed Hamdan Daglo, e o exército liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhan, o líder de facto do país, um dos mais pobres do mundo.

A guerra causou já dezenas de milhares de mortos, com estimativas entre os 20.000 a 150.000.

As RSF controlam quase toda a vasta região ocidental de Darfur e tem bloqueado El-Fasher, uma região de dois milhões de habitantes e capital do estado de Darfur do Norte, desde maio.

Mas as milícias aliadas ao exército conseguiram até agora responder aos ataques.

Ataques a infraestruturas de saúde são comuns em El-Fasher.

A Médicos Sem Fronteiras disse, no início de janeiro, que o hospital saudita era "o único hospital público com instalações cirúrgicas ainda em funcionamento".

Em todo o país, até 80% das unidades de saúde foram colocadas fora de serviço, de acordo com dados oficiais.

Leia Também: Ataque com drones a hospital no Darfur faz 30 mortos

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