Mais de 47 mil deslocados pela violência do nordeste da Colômbia

As autoridades da Colômbia anunciaram que mais de 47 mil pessoas foram forçadas a fugir das suas casas na região de Catatumbo, no nordeste do país, onde se têm registado confrontos entre grupos rebeldes.

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© RAUL ARBOLEDA/AFP via Getty Images

Lusa
27/01/2025 07:34 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Colômbia

O Ministério da Defesa colombiano disse no domingo, na rede social X, que o número de deslocados em consequência do conflito nesta região, na fronteira com a Venezuela, aumentou para 47.084, até sábado.

 

O ministério informou ainda que 18.838 pessoas foram acolhidas em abrigos, 112 entregaram-se voluntariamente - 90 delas membros de grupos dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) - e 619 civis foram retirados.

Pelo menos 80 pessoas foram mortas à medida que os combates se intensificaram entre os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das FARC.

"Estamos a progredir no desenvolvimento de operações militares para que as comunidades possam regressar às suas casas o mais rapidamente possível", disse o ministério.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, decretou na sexta-feira estado de emergência na região de Catatumbo.

O decreto de Petro dá-lhe até 270 dias para impor recolher obrigatório, restringir o trânsito e tomar outras medidas que normalmente violariam os direitos civis dos colombianos ou exigiriam a aprovação do Congresso.

É a primeira vez em mais de 10 anos que um chefe de Estado colombiano utiliza esta medida tão extrema. Durante décadas, o país esteve paralisado devido à violência dos grupos rebeldes.

No entanto, a medida aplica-se apenas à região rural de Catatumbo, uma zona produtora de cocaína, no nordeste do departamento Norte de Santander.

No início da semana passada, Petro reativou as ordens de detenção contra 31 dos principais comandantes do grupo de esquerda radical ELN, que tinham sido suspensas como parte de um esforço para um acordo de paz e colocar um fim à sua guerra de 60 anos contra o Estado colombiano.

O ELN domina tradicionalmente a região de Catatumbo, mas tem vindo a perder terreno para dissidentes das FARC, outro grupo guerrilheiro que assinou um acordo de paz com o Governo colombiano em 2016.

O atual conflito está a alastrar pela fronteira até à Venezuela, onde alguns dos que fogem da violência na Colômbia procuraram refúgio.

Leia Também: Colômbia. EUA suspende sanções após acordo sobre repatriação de migrantes

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