"O meu irmão está na lista de reféns que devem regressar agora e, aparentemente, já não está vivo, consta (...) da lista dos oito mortos", disse Dani Elgarat, convidado para uma reunião de uma comissão parlamentar.
O seu irmão, Itzik Elgarat, israelo-dinamarquês, foi uma das 251 pessoas sequestradas a 07 de outubro de 2023, no ataque sem precedentes efetuado em território israelita a partir da Faixa de Gaza pelo movimento islamita palestiniano Hamas, que fez também cerca de 1.200 mortos, na maioria civis.
Este homem, que tinha 68 anos quando foi sequestrado, faz parte da lista de reféns com mais de 50 anos mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza, e é um dos que seriam libertados na primeira fase do acordo de cessar-fogo que suspendeu a guerra entre o Hamas e Israel, por serem considerados casos humanitários.
Oito dos reféns que deveriam ser libertados na primeira fase do acordo estão mortos, anunciou na segunda-feira um porta-voz do Governo israelita, David Mencer.
A primeira fase, de seis semanas, que começou a 19 de janeiro, dia em que cessaram os combates no território palestiniano, deverá permitir a libertação de 33 reféns em troca da libertação de mais de 1.900 palestinianos detidos por Israel nas suas prisões.
Sete mulheres reféns já regressaram a casa após as duas primeiras trocas, a 19 e 25 de janeiro.
Israel indicou no domingo à noite ter nas mãos uma lista que há muito exigia ao Hamas sobre o estado de todos os reféns envolvidos na primeira fase, a fim de saber quais estavam vivos e quais estavam mortos.
"Esta lista coincide com a dos serviços secretos israelitas", afirmou Mencer, sem revelar os nomes dos reféns mortos.
"Deixem os mortos e tragam, em seu lugar, oito reféns vivos; estou pronto a renunciar ao corpo do meu irmão, tirem-nos do inferno", acrescentou Elgarat.
Leia Também: Jordânia inicia ponte aérea de oito dias para levar ajuda a Gaza