Sobe para 30 o número de mortos em debandada peregrinação hindu na Índia

Pelo menos 30 pessoas morreram numa debandada em Prayagraj, no norte da Índia, durante a Kumbh Mela, a maior peregrinação hindu do mundo, segundo um novo balanço hoje divulgado pelas autoridades locais.

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Lusa
29/01/2025 14:51 ‧ há 2 dias por Lusa

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Um anterior balanço dava conta de 15 vítimas mortais.

 

De acordo com Vaibhav Krishna, que é polícia na cidade de Prayagraj e está a ser citado pelas agências internacionais, pelo menos outras 60 pessoas ficaram feridas e foram transportadas de urgência para hospitais da região.

Hoje é um dia particularmente especial desta peregrinação hindu que dura seis semanas. As autoridades indianas esperavam um número recorde de 100 milhões de devotos no banho ritual que acontece na confluência dos rios Ganges, Yamuna e Saraswati.

Os hindus acreditam que um mergulho neste local considerado sagrado pode purificá-los de pecados passados e terminar o processo de reencarnação.

A debandada aconteceu hoje de madrugada - por volta das 02:00 locais (20:30 de terça-feira em Lisboa) -, quando os peregrinos tentaram saltar barricadas erguidas para a passagem de homens considerados santos, declarou um chefe do governo do estado de Uttar Pradesh, Yogi Adityanath, numa declaração à televisão indiana.

A principal atração do evento são os milhares de ascetas hindus cobertos de cinzas que fazem grandes procissões em direção à confluência dos rios para se banharem.

"A situação está agora controlada, mas há uma enorme multidão de peregrinos", disse Adityanath, acrescentando que entre 90 milhões e 100 milhões de peregrinos estavam no local.

Cerca de 30 milhões de pessoas já haviam tomado o banho sagrado até ao início da manhã, disse o responsável.

O Kumbh Mela, que se realiza a cada 12 anos numa cidade diferente (entre Prayagraj, Ujjain, Nashik e Haridwar), começou em 13 de janeiro.

Entre 150 a 200 milhões de pessoas já compareceram no evento, incluindo o ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, e o ministro do Interior do país, Amit Shah, bem como celebridades, como foi o caso do músico Chris Martin, da banda Coldplay.

As autoridades indianas estimam que 450 milhões de visitantes/peregrinos irão passar pelo evento de seis semanas, que termina no dia 26 de fevereiro. Os números envolvidos tornam este evento na maior concentração de pessoas registada a nível mundial.

Com um investimento de quase mil milhões de dólares para construir uma enorme cidade temporária para acomodar os peregrinos, o governo regional esperava evitar incidentes como a fatídica debandada que ocorreu em 2013 na estação ferroviária de Prayagraj e matou 36 pessoas.

O Kumbh Mela é um evento de forte significado para os hindus, que representam quase 80% dos mais de 1,4 mil milhões de habitantes do país. É também um evento de prestígio para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, cujo partido no poder exalta a divulgação dos símbolos culturais hindus.

Após as notícias do incidente, Modi expressou as suas "mais profundas condolências aos devotos que perderam os seus entes queridos" no incidente.

Leia Também: Debandada mata pelo menos 15 pessoas na maior peregrinação hindu da Índia

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