Nestlé Waters processada por despejo ilegal de resíduos em França

A Nestlé Waters enfrenta mais um processo judicial, e foi agora notificada para comparecer em tribunal por alegado despejo ilegal de resíduos poluentes na região de Vosges, no leste de França.

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© FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images

Lusa
30/01/2025 15:27 ‧ há 6 horas por Lusa

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Nestlé

A Nestlé Waters está a ser processada por armazenar resíduos e manter quatro lixeiras ilegais em Contrexéville, They-sous-Montfort, Saint-Ouen-Les-Parey e Crainvilliers,o que representa um volume acumulado de 473.700 metros cúbicos, o equivalente a 126 piscinas olímpicas.

 

O julgamento, decidido na sequência de um inquérito da unidade regional do ambiente do Ministério Público de Nancy, terá lugar de 26 a 28 de maio.

Os investigadores encontraram nas lixeiras resíduos sob a forma de "garrafas de água, garrafas de vidro, garrafas de polímero", bem como "resíduos de demolição", "carcaças de veículos, objetos volumosos" e "tampas de plástico".

A manutenção destes aterros sanitários causou "graves danos à saúde humana" e "uma degradação substancial do ambiente", salientou o tribunal na sua ata de audiência, consultada pela AFP.

A Nestlé também está a ser processada por ter, nas imediações desses aterros, "permitido que partículas de microplástico" fluíssem para as águas superficiais e subterrâneas em concentrações que "impossibilitam toda a vida aquática e têm efeitos nocivos para a saúde, a flora e a fauna".

A empresa afirma que estes aterros "datam dos anos 60, antes de a Nestlé Waters se tornar proprietária" dos terrenos.

"Atualmente, a maioria dos locais já foram limpos pela Nestlé Waters e estamos a aguardar o feedback das autoridades ambientais para especificar a melhor opção de gestão para os restantes locais", assegurou a empresa numa mensagem à AFP.

"É essencial que haja um julgamento para os aterros sanitários, porque se trata de um caso grave de poluição", declarou à AFP, porta-voz do coletivo Eau 88 e presidente da Vosges Nature Environnement, Bernard Schmitt, que apresentou a queixa.

Em setembro, a Nestlé assinou um acordo judicial de interesse público (CJIP) com o Ministério Público de Épinal e aceitou pagar uma multa de dois milhões de euros relativa a dois processos, um por perfuração ilegal e outro por sistemas de desinfeção proibidos para as suas águas minerais.

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