Os 49 imigrantes foram detidos na terça-feira depois de intercetados no Mediterrâneo central e levados pelo navio militar italiano Cassiopea, tendo seis pessoas ficado em Itália por serem menores ou pessoas vulneráveis.
Cinco migrantes, quatro menores e uma presumível vítima de tráfico foram inicialmente devolvidos a Itália, enquanto uma sexta pessoa do Bangladesh foi hoje repatriada.
Quarenta e três imigrantes (35 do Bangladesh e oito egípcios) permanecem nos centros albaneses, tendo todos os seus pedidos sido rejeitados como "manifestamente infundados" pela Comissão Territorial para o Direito de Asilo, informou o Ministério da Administração Interna.
Os 43 imigrantes que viram rejeitados os seus pedidos têm agora sete dias para recorrer da decisão e o Tribunal de Roma terá o mesmo tempo para suspender o processo. Se não o fizer, poderão ser repatriados para os seus países de origem.
O Tribunal de Roma terá também de validar a detenção destes 43 imigrantes nos centros albaneses num prazo de 48 horas, o que significa que terá de decidir até sexta-feira.
Trata-se da terceira tentativa do governo de Giorgia Meloni para pôr em prática o seu controverso plano de colocar na Albânia os imigrantes ilegais intercetados a caminho de Itália por via marítima.
As duas primeiras tentativas falharam porque a justiça italiana não validou os embarques, argumentando que nem o Egito nem o Bangladesh eram totalmente seguros, tendo solicitado a intervenção do Tribunal de Justiça da União Europeia.
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