Funcionários federais obrigados a apagar pronomes de assinaturas de email

Já na semana passada, a Administração Trump pediu às agências federais para encerrarem todos os gabinetes responsáveis pela promoção da diversidade e da justiça ambiental e despedirem os funcionários que aí trabalhavam.

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© JIM WATSON/AFP via Getty Images)

Notícias ao Minuto com Lusa
31/01/2025 17:41 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

EUA

Os funcionários de várias agências federais norte-americanas foram ordenados a remover os seus pronomes das suas assinaturas de e-mail até à tarde desta sexta-feira.

 

A informação foi avançada pela ABC News, que deu conta de que as comunicações internas citavam duas ordens executivas assinadas pelo presidente Donald Trump no seu primeiro dia de mandato, que pretendiam reduzir os programas de diversidade e equidade no governo.

“Os pronomes e quaisquer outras informações não permitidas na política devem ser removidos das assinaturas dos funcionários até às 17h00 [hora local] de sexta-feira”, lia-se numa mensagem enviada esta manhã de sexta-feira pelo diretor de informação do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), Jason Bonander.

Aquele meio noticiou ainda que funcionários federais do Departamento de Transportes receberam uma diretiva semelhante na quinta-feira, quando estavam a lidar com as consequências do desastre aéreo que matou 67 pessoas, em Washington D.C.

No mesmo dia, os trabalhadores do Departamento de Energia foram alvo da mesma ordem, alegadamente posta em prática para atender aos requisitos da ordem executiva de Trump, que exigia a remoção da “linguagem DEI no discurso, comunicações e publicações federais”.

Recorde-se que, na semana passada, a Administração Trump pediu às agências federais para encerrarem todos os gabinetes responsáveis pela promoção da diversidade e da justiça ambiental e despedirem os funcionários que aí trabalhavam.

Todos os ramos do Governo federal norte-americano "devem tomar medidas para extinguir, na medida do permitido por lei, gabinetes e empregos" responsáveis pela promoção da diversidade e da justiça ambiental "no prazo de 60 dias", referia um memorando do departamento responsável pelos funcionários públicos publicado na passada sexta-feira.

Esta foi mais uma medida que se seguiu à decisão de colocar em licença forçada por um prazo de dois meses todos os funcionários que trabalham na Administração federal em programas DEIA (Diversidade, Equidade, Inclusão e Acessibilidade).

O termo "DEI" ou "DEIA", que no vocabulário dos recursos humanos se refere aos esforços para recrutar pessoas de minorias raciais ou sexuais, tornou-se um dos espantalhos da direita dura norte-americana.

Durante a campanha, os apoiantes de Trump atacaram a candidata democrata Kamala Harris, afirmando que a ex-vice-presidente era uma "recruta DEI", o que implicava que tinha sido escolhida apenas pela sua identidade e não pelas suas qualidades.

No primeiro dia de mandato, o magnata também prometeu acabar com as políticas a favor dos transexuais, afirmando que os Estados Unidos só reconheceriam "dois sexos, masculino e feminino".

Leia Também: Agências federais removem orientações para diversidade após decisão de Trump

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