Venezuela liberta seis norte-americanos após reunião com enviado de Trump

A Venezuela libertou seis cidadãos norte-americanos que estavam detidos em cadeias venezuelanas, anunciou o enviado especial do Presidente Donald Trump, Richard Grenell.

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© Richard Grenell/X

Lusa
01/02/2025 06:35 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Venezuela

"Pomo-nos em marcha e dirigimo-nos a casa com estes seis cidadãos norte-americanos. Acabaram de falar com Donald Trump e não conseguiam parar de lhe agradecer", anunciou Richard Grenell, sexta-feira, na rede social X, sem revelar a identidade dos norte-americanos libertados.

 

O anúncio teve lugar depois de o Presidente venezuelano Nicolás Maduro ter recebido Grenell, no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, a quem propôs uma "agenda zero" com os EUA, para uma nova etapa das relações bilaterais entre ambos os países.

No encontro, segundo imagens divulgadas pela televisão estatal venezuelana, participaram também a "primeira combatente" e mulher de Nicolás Maduro, Cília Flores, e o presidente da Assembleia Nacional (parlamento), Jorge Rodríguez.

A reunião, segundo um comunicado divulgado pelo Governo venezuelano, "decorreu num quadro de respeito mútuo e abordou várias questões de interesse para ambos os países: migração, impacto negativo das sanções económicas contra a Venezuela, cidadãos norte-americanos envolvidos em crimes em território nacional e a integridade do sistema político venezuelano".

"Foi igualmente reafirmada a necessidade de alterar por completo às relações. O Governo da Venezuela reafirma os seus princípios consagrados na paz, no diálogo entre iguais e no respeito pela soberania, e manifesta a sua vontade de manter abertos os canais diplomáticos com os EUA em defesa dos direitos e interesses inalienáveis do povo venezuelano", conclui o comunicado.

Segundo o responsável para a América Latina no Departamento de Estado norte-americano, Mauricio Claver-Carone, o objetivo da deslocação de Grenell foi conseguir que a Venezuela, que não tem relações diplomáticas com os EUA, aceite voos de deportação de imigrantes sem documentos e garantir a libertação de cidadãos norte-americanos detidos nas prisões venezuelanas.

"Esta missão especial é muito específica. Os EUA e o Presidente Trump esperam que Nicolás Maduro receba de volta todos os criminosos e membros de gangues venezuelanos que foram enviados para os Estados Unidos e que o faça sem condições. Esta é uma questão não negociável", afirmou.

O segundo ponto relaciona-se com "reféns norte-americanos detidos na Venezuela que devem ser libertados imediatamente", acrescentou o representante.

O encontro entre Maduro e Grenell tem lugar um dia depois de o Presidente da Venezuela anunciar, através da televisão estatal, que o Governo "está a fazer os possíveis" para que os EUA deportem o ex-presidente do parlamento venezuelano Juan Guaidó, que em 2019 jurou publicamente assumir as funções de presidente interino do país e afastar Maduro do poder.

Washington enfrenta dificuldades na deportação de venezuelanos há vários anos devido à deterioração das relações bilaterais e especialmente após o colapso diplomático de 2019, durante o primeiro mandato de Trump (2017-2021), quando os EUA reconheceram Guaidó como Presidente interino da Venezuela.

Em novembro, e no seguimento das eleições presidenciais venezuelanas de 28 de julho, fortemente contestadas pela oposição e pela comunidade internacional, os EUA ainda liderados por Joe Biden reconheceram o opositor Edmundo González Urrutia como Presidente eleito da Venezuela.

A informação inicial sobre a reunião com Maduro foi avançada pela estação televisiva norte-americana CNN.

A organização não-governamental Independent Venezuelan American Citizens, com sede em Miami, no sudeste dos Estados Unidos, identificou oito cidadãos norte-americanos presos na Venezuela, a maioria deles desde 2024.

Leia Também: Chile encerra consulados na Venezuela a pedido de Caracas

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