Realiza-se um encontro informal dos líderes da União Europeia, esta segunda-feira, em Bruxelas, onde deverá ser debatida a segurança.
"Tenho o prazer de receber os 27 líderes da União Europeia para uma reunião informal. É a primeira vez que nos reunimos com uma reunião exclusivamente dedicada à defesa, mas não estamos a começar do zero [pois] o nosso esforço está na motivação do trabalho que iniciámos durante a cimeira de Versalhes, em março de 2022, quando decidimos que a UE tem de assumir uma maior responsabilidade na sua própria defesa", disse António Costa.
À entrada da reunião, o presidente do Conselho Europeu, esclareceu que este encontro é a "continuação do trabalho que fizemos quando decidimos que a UE devia assumir a responsabilidade na sua própria defesa".
António Costa referiu que a discussão que hoje se fará irá assentar em três questões, sendo elas "quais as prioridades que precisamos de desenvolver, como assegurar o financiamento necessário e como desenvolver o trabalho com os nossos parceiros".
"Espero que este debate chegue a uma discussão estratégica e representativa, com a nossa liderança politica, das decisões que temos de ter nos meses que se seguem", referiu, lembrando que o encontro contará com a presença do secretário geral da NATO, Mark Rutte, e com o primeiro ministro britânico, Keir Starmer.
Ao final da manhã de hoje, arranca no Palácio d'Egmont (local independente e que não pertence a qualquer instituição europeia) o primeiro retiro de chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE), numa iniciativa de António Costa, que tomou posse em dezembro passado, para promover o diálogo informal entre os altos responsáveis europeus sem a pressão de chegar a conclusões ou decisões, como acontece nas cimeiras europeias regulares.
Quando existe um "sentimento comum de urgência" entre os Estados-membros e "um consenso" de que a UE necessita de reforçar as suas capacidades de defesa e segurança e investir mais nesta área, este encontro informal visa passar a mensagem de que esta aposta está agora na agenda comunitária, numa altura de tensões geopolíticas como no Médio Oriente e na Ucrânia e de uma nova era da política norte-americana.
[Notícia atualizada às 09h45]
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