"No momento atual, devemos manter um diálogo de boa fé e trocar informações de ambos os lados do estreito para alcançar a paz", afirmou hoje o Presidente de Taiwan durante uma reunião com membros da comunidade empresarial taiwanesa, na qual sublinhou que Pequim e Taipé partilham "inimigos comuns", entre os quais os desastres naturais.
Lai, considerado pela China como um "líder separatista", tem mantido uma posição distante face às crescentes tensões com a China, apesar do aumento significativo da presença militar de Pequim na região.
Ambas as partes enfrentam igualmente uma pressão acrescida por parte da administração do Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, que impôs taxas alfandegárias sobre as importações de produtos chineses.
Os EUA têm também ameaçado Taiwan com medidas semelhantes sobre os semicondutores importados, ainda que Washington seja um dos principais aliados da ilha.
As autoridades chinesas insistem que Taiwan deve "aceitar" que os dois territórios façam parte de um único país, de acordo com o princípio "um país, dois sistemas", que também se aplica a outras regiões administrativas especiais chinesas, como Hong Kong e Macau.
O governo chinês efetuou manobras militares de grande envergadura imediatamente após a tomada de posse de William Lai, o que fez soar os alarmes em Taiwan e nos Estados Unidos.
A China reivindica a soberania sobre Taiwan, que considera uma "província rebelde" desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para a ilha em 1949, depois de terem perdido a guerra contra o exército comunista.
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