"O anúncio feito ontem [domingo] pelo presidente José Raúl Mulino de que o Panamá deixará caducar a sua participação na Iniciativa da Cintura e da Rota do PCC [Partido Comunista da China] é um grande passo em frente para as relações entre os EUA e o Panamá e para um Canal do Panamá livre", afirmou Rubio na rede social X.
De acordo com o chefe da diplomacia norte-americana, a influência dos Estados Unidos (EUA) na decisão panamiana é um "exemplo da liderança" do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, na proteção da segurança nacional norte-americana.
Após aterrar em El Salvador, Rubio referiu que teve no domingo uma "conversa sincera" com Mulino, que descreveu como "um amigo dos Estados Unidos".
"Foi uma visita útil e muito respeitosa. Uma visita que penso que tem o potencial de ser bem sucedida em acalmar as preocupações que temos", disse Rubio ao chegar a El Salvador.
Entretanto Donald Trump afirmou que tenciona falar com o seu homólogo panamiano na sexta-feira, para discutir o Canal do Panamá e os compromissos anunciados.
"Penso que vamos falar com o Panamá na sexta-feira. Essencialmente, comprometeram-se com certas coisas, mas não estou satisfeito com isso", disse o presidente norte-americano a partir da Sala Oval.
"Estamos a tentar chegar a um acordo sobre o Canal do Panamá", disse Trump, que voltou a criticar o crescimento da influência da China nesta passagem marítima.
Marco Rubio sublinhou que quando os Estados Unidos entregaram o controlo do canal em 1999, cederam-no ao Panamá e não à China, cujas empresas, segundo o secretário de Estado norte-americano, controlam atualmente as duas entradas do canal.
"Expressei as minhas frustrações. Compreendo que esta é uma questão sensível no Panamá. Não queremos ter uma relação hostil com o Panamá. Mas tivemos uma conversa sincera e respeitosa", disse o chefe da diplomacia norte-americana, que também destacou o valor da cooperação em matéria de imigração com o Governo panamiano.
A nova Rota da Seda é uma iniciativa de cooperação comercial e de investimento iniciada em 2013 pelo presidente chinês, Xi Jinping, destinada a fazer a ligação da China à Europa, ao Médio Oriente, a África e, mais recentemente, à América Latina.
O Panamá foi o primeiro destino da viagem de Marco Rubio pela América Central, que abrange ainda El Salvador, Costa Rica, Guatemala e República Dominicana.
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