Governo palestiniano aprova grupo para gerir a administração de Gaza

O Governo palestiniano aprovou hoje a criação de um grupo de trabalho que vai supervisionar a administração da Faixa de Gaza, no âmbito do acordo de cessar-fogo assinado entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

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© Mahmoud Sabbah/Anadolu via Getty Images

Lusa
04/02/2025 20:39 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O primeiro-ministro palestiniano, Mohammed Mustafa, referiu que a decisão se insere no âmbito dos esforços para fazer face à crise humanitária no enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.

 

Mustafa, que é também o ministro palestiniano dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana (AP), acrescentou que a distribuição da ajuda humanitária na Faixa de Gaza foi reforçada em coordenação com o Egito, a pedido do Presidente da AP, Mahmoud Abbas.

O primeiro-ministro palestiniano salientou que a medida anunciada tem por objetivo viabilizar a reabertura das estradas, a remoção de escombros e a criação de abrigos temporários para as pessoas deslocadas, cujas casas foram destruídas pela ofensiva de Israel, lançada após os ataques perpetrados pelo Hamas ao sul de Israel em 07 de outubro de 2023, que fizeram cerca de 1.200 mortos e cerca de 250 reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala, que provocou mais de 47 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Segundo a agência noticiosa palestiniana WAFA, "todos estes esforços devem servir de prelúdio a um processo de reconstrução abrangente e coordenado" e a criação do grupo de trabalho é "uma afirmação da unidade do território do Estado da Palestina, que procura reforçar a unidade nacional".

O Governo palestiniano tem exigido repetidamente que a sua autoridade seja alargada à Faixa de Gaza após a retirada das tropas israelitas, uma vez que o Hamas se mostrou disposto a renunciar ao controlo do enclave, de modo a que possa ser alcançada uma solução consensual que garanta que a Faixa de Gaza permaneça sob controlo palestiniano.

A trégua que entrou em vigor em 19 de janeiro e interrompeu 15 meses de combates no enclave palestiniano contempla uma primeira fase de tréguas de 42 dias, durante a qual deverão ser libertados 33 reféns e centenas de palestinianos detidos nas prisões israelitas.

As conversações sobre a aplicação da segunda fase estavam previstas para começar no fim do 16.º dia do cessar-fogo.

Leia Também: Campo de refugiados de Jenin a caminho de uma catástrofe

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