Ucrânia: "Bastante crítica" situação de subestações elétricas

O diretor-geral da Agência da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, considerou hoje como "bastante crítica" a situação das subestações elétricas ucranianas das quais depende o funcionamento das centrais nucleares que Kyiv continua a explorar.

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© TETIANA DZHAFAROVA/AFP via Getty Images

Lusa
04/02/2025 22:10 ‧ há 2 horas por Lusa

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Ucrânia

"Visitámos nove subestações que são de importância crítica para o funcionamento e segurança das centrais nucleares. E, obviamente, a situação é bastante crítica", avaliou Grossi, citado num comunicado divulgado pelo Ministério da Energia ucraniano.

 

Grossi deslocou-se hoje à Ucrânia para visitar, entre outras instalações, uma subestação elétrica na região de Kyiv que foi danificada num dos sucessivos ataques de mísseis e drones russos no âmbito do conflito que dura desde fevereiro de 2022.

De acordo com o comunicado governamental, Grossi indicou que, apesar de serem fundamentais para alimentar a rede elétrica nacional, as centrais nucleares precisam de eletricidade para funcionar corretamente.

"Quando não recebem (eletricidade), a segurança da central está em risco e isso pode levar a um acidente", alertou.

Grossi acordou no ano passado com o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, acompanhar de perto a situação nas subestações atacadas pela Rússia que fornecem eletricidade às centrais nucleares ucranianas, visando dar recomendações baseadas na experiência de outros países.

Nas visitas de hoje, Grossi foi acompanhado pelo ministro da Energia ucraniano, Herman Galushchenko, e pelos diretores das empresas públicas de eletricidade e energia nuclear da Ucrânia.

A propósito da sua visita à subestação na região de Kyiv, o responsável escreveu na rede social X (antigo Twitter) que "um acidente nuclear pode ser causado por um ataque a uma central atómica, mas também pela interrupção do fornecimento de eletricidade".

Citadas pela agência noticiosa EFE, fontes do setor elétrico explicaram como a Rússia tem atacado recentemente subestações localizadas relativamente perto de centrais nucleares para prejudicar a distribuição da eletricidade produzida nas centrais atómicas, que são a principal fonte de produção de eletricidade da Ucrânia.

Os ataques têm causado preocupação entre os especialistas, quer pela possibilidade de um míssil ou drone atingir as próprias centrais nucleares, como pelo facto de os impactos nas subestações poderem afetar o fornecimento de energia necessário para o seu funcionamento.

Grossi anunciou hoje que tem previsto visitar a Rússia ainda esta semana, para abordar a situação na central ucraniana de Zaporijia, sob ocupação das tropas russas.

Segundo o responsável, esta visita permite "manter os canais de comunicação constantes" entre as partes e evitar assim possíveis acidentes nucleares.

Leia Também: UE prepara tribunal especial para julgar agressão russa contra a Ucrânia

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