Collins, antigo capelão da Força Aérea, foi eleito por uma votação de 77-23, tornando-se no mais recente membro do gabinete do presidente dos EUA, Donald Trump, escreve a agência Associated Press (AP).
"Devemos cuidar dos nossos bravos homens e mulheres de uniforme e Doug será um grande defensor dos nossos membros do serviço ativo, veteranos e famílias militares para garantir que eles tenham o apoio de que precisam", disse Trump, em novembro, em comunicado, aquando da nomeação de Collins para liderar o Departamento de Assuntos de Veteranos.
O Departamento de Assuntos de Veteranos gere um orçamento de mais de 350 mil milhões de dólares e supervisiona cerca de 200 centros médicos e hospitais em todo o país. Também gere os cemitérios nacionais e trabalha em estreita colaboração com o Departamento de Defesa em questões relacionadas com os recursos humanos.
Os desafios com que o departamento se depara evoluíram nos últimos anos, com uma geração mais jovem de veteranos a trazer novos desafios de saúde, resultantes do serviço prestado nas guerras do Iraque e do Afeganistão.
"Sou um veterano da Guerra do Iraque. Compreendo as fossas ardentes porque dormi ao lado de uma durante muitos meses", afirmou Collins no seu discurso de abertura durante a sua audiência de confirmação em janeiro.
O antigo congressista republicano da Geórgia serviu a Câmara dos Representantes entre 2013 e 2021 e foi um aliado próximo de Trump durante o primeiro mandato do presidente.
Collins concorreu sem sucesso ao Senado em 2020, mas perdeu as primárias republicanas para Kelly Loeffler, um grande doador do Partido Republicano que Trump escolheu para liderar a Associação de Pequenas Empresas dos EUA.
A nomeação de Collins foi aprovada pelo Comité dos Assuntos dos Veteranos do Senado por 18 votos contra um. A única dissidente, a senadora Mazie Hirono, pelo Havai, disse estar preocupada com o facto de Collins poder limitar o acesso dos veteranos aos cuidados reprodutivos, como a fertilização in vitro ou o aborto.
A senadora Tammy Duckworth, pelo Illinois, disse que teve uma conversa produtiva com Collins durante a audiência de confirmação, mas pressionou-o para que se comprometesse a trabalhar com o Congresso para "fortalecer e refinar" o departamento "em vez de recorrer à privatização".
Collins garantiu que se iria concentrar em resolver os tempos de espera e aumentar os cuidados preventivos.
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