Kyiv aceita trocar recursos naturais por apoio militar dos EUA

O Governo ucraniano descreveu hoje como de interesse comum a proposta do Presidente norte-americano, Donald Trump, de garantir a ajuda militar dos Estados Unidos em troca de recursos naturais.

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Lusa
05/02/2025 16:04 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sibiga, recordou que o plano de paz do Presidente Volodymyr Zelensky inclui uma cláusula sobre os recursos naturais da Ucrânia e a possibilidade de os parceiros de Kiev investirem na sua exploração.

 

Sibiga disse que se trata de uma garantia do "forte interesse" da Ucrânia e dos aliados mais próximos, incluindo os Estados Unidos, em "desenvolver e proteger" os depósitos de recursos naturais.

O plano de Zelensky está "repleto de ações, projetos e soluções concretas", disse Sibiga numa conferência de imprensa conjunta em Kiev com o homólogo britânico, David Lemmy, citado pela agência espanhola Europa Press.

"É necessário reforçar a nossa capacidade defensiva através de medidas e decisões concretas para acelerar o fornecimento de equipamento e estabilizar a situação na frente", afirmou.

Sibiga lamentou que, para já, não esteja prevista uma conversa com o homólogo norte-americano, Marco Rubio.

O ministro reagia a declarações de Trump, que condicionou o apoio militar à Ucrânia ao acesso às chamadas "terras raras", um grupo constituído por cerca de 15 metais utilizados na indústria automóvel, telefónica e outras indústrias eletrónicas.

"Estamos a tentar chegar a um acordo com a Ucrânia, em que eles garantam o que lhes estamos a dar com as suas 'terras raras'", disse Trump esta semana.

"Estamos a investir centenas de milhares de milhões de dólares. Eles têm excelentes 'terras raras'. Quero a sua segurança e eles estão dispostos a dá-la", acrescentou.

A Ucrânia contém grandes depósitos de urânio, lítio e titânio, mas a China é o maior produtor mundial de "terras raras" e de outros minerais essenciais.

Os Estados Unidos são o maior fornecedor de apoio militar da Ucrânia desde que o país europeu foi invadido pela Rússia, há quase três anos.

O regresso de Trump à presidência fez criar o receio na Ucrânia e noutros aliados de Kiev de que a nova administração norte-americana diminua o apoio, que o republicano criticou durante a campanha eleitoral.

Leia Também: Rússia e Ucrânia trocam 150 prisioneiros de cada lado

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