Bruxelas critica Geórgia por "afastamento das normas democráticas"

A Comissão Europeia criticou hoje a Geórgia pelo "afastamento das normas democráticas" ao nível da liberdade de expressão e de manifestação, exigindo às autoridades do país candidato à União Europeia (UE) a libertação de jornalistas e ativistas.

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© Thierry Monasse/Getty Images

Lusa
07/02/2025 16:25 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Comissão Europeia

"Estamos a assistir ao afastamento das autoridades georgianas das normas democráticas. A adoção precipitada de alterações ao Código das Infrações Administrativas, ao Código Penal e à Lei das Assembleias e Manifestações terá efeitos de grande alcance na sociedade georgiana e irão prejudicar significativamente os direitos à liberdade de expressão, à liberdade de reunião e à liberdade dos meios de comunicação social", indicam a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, e a comissária do Alargamento, Marta Kos, numa declaração hoje publicada.

 

"Estes desenvolvimentos representam um grave retrocesso no desenvolvimento democrático da Geórgia e ficam aquém das expectativas de um país candidato à UE", acrescentam a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança e a responsável europeia pela tutela do Alargamento.

Kaja Kallas e Marta Kos exigem, na mesma nota, que as autoridades da Geórgia "libertem todos os jornalistas, ativistas e presos políticos detidos injustamente", bem como assegurem um "diálogo com todas as forças políticas e representantes da sociedade civil".

"A UE continua disposta a apoiar todos os esforços no sentido de um futuro democrático, estável e europeu para a Geórgia", concluem.

A Geórgia está a ser palco de violentas manifestações desde que o partido Sonho Georgiano reivindicou a vitória nas eleições de outubro e suspendeu as negociações para a adesão à União Europeia.

Centenas de manifestantes, bem como vários militantes dos direitos humanos, jornalistas e políticos foram detidos desde o início das manifestações.

No passado domingo, quando milhares de manifestantes procuravam bloquear uma entrada de autoestrada para Tbilissi, a polícia deteve o chefe do partido liberal pró-europeu Akhali, Nika Melia, e o antigo presidente da câmara de Tbilissi, Gigi Ugulava, uma figura da oposição.

Para sábado está convocada outra ação de protesto com manifestantes pró-UE que pretende novamente bloquear uma entrada da autoestrada para a capital da Geórgia.

A Geórgia candidatou-se à adesão à UE em março de 2022, tendo-lhe sido concedido o estatuto de país candidato em dezembro de 2023.

O processo de adesão foi interrompido em 2024.

A UE e a Geórgia também cooperam no contexto da Parceria Oriental.

 

ANE // SCA

Lusa/Fim

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