Época das chuvas provocou 16 mortos e 14 feridos no centro de Moçambique

Pelo menos 16 pessoas morreram e outras 14 ficaram feridas por arrastamento e descargas atmosféricas desde o início da época chuvosa na província de Tete, no centro do país, anunciou fonte oficial.

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Lusa
08/02/2025 10:47 ‧ há 3 horas por Lusa

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Moçambique

"Temos um registo de 14 feridos nesta época e também temos um registo de 16 óbitos, dos quais temos quatro por arrastamento e 12 pela descarga atmosférica", disse a delegada provincial do Instituto Nacional de Gestão e Redução de Riscos de Desastres (INGD) em Tete, Ana Paula Correia, citada hoje pela comunicação social.

 

Segundo a responsável, naquela província, as vítimas das chuvas desta época, iniciada em outubro passado e que se prolonga até abril, são dos distritos de Macanga, Mutarara e cidade de Tete.

Ana Correia explicou que sofreram danos 200 salas de aulas, o que prejudicou cerca de 26 mil alunos.

Pelo menos 1.101 casas foram afetadas pelas chuvas desde o arranque da época das chuvas na província moçambicana de Tete, afetando 5.381 pessoas.

"Em termos de assistência face à época chuvosa, foram assistidas um universo de 200 famílias", disse a delegada provincial do INGD em Tete, 

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

A última época de chuvas em Moçambique, iniciada em outubro de 2023, afetou cerca de 240 mil pessoas, destruindo totalmente mais de 1.800 casas, segundo dados apresentados em junho de 2024 pelo Governo.

"Em todo o território nacional foram afetadas cerca de 240 mil pessoas, mais de 34 mil casas, mais de 5.000 parcialmente destruídas e cerca de 1.800 totalmente destruídas", disse, na altura, o secretário permanente do Ministério dos Transportes e Comunicações, Ambrósio Sitoe.

Eventos extremos, como ciclones e tempestades, provocaram pelo menos 1.016 mortos em Moçambique entre 2019 e 2023, afetando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) noticiados anteriormente pela Lusa.

No relatório de Indicadores Básicos do Ambiente de 2023, o INE detalha todos os eventos extremos desde 2019, e respetivas consequências, acrescentando que estes provocaram, ainda, no mesmo período de quatro anos, 2.936 feridos.

A província de Sofala, no centro de Moçambique, foi a mais atingida por um único evento, com o ciclone Idai, em 2019, a provocar 403 mortos - dos 603 que provocou em todo o país -, afetando 1.190.594 pessoas e deixando ferimentos em 1.597.

Ainda devido ao ciclone Idai, seguiu-se a província de Manica, com 262.890 pessoas afetadas, 185 mortos e 23 feridos.

O relatório aponta ainda, em 2021, chuvas, ventos e descargas atmosféricas que provocaram 30 mortos, seguindo-se, em 2022, a tempestade tropical Ana, que afetou 186.739 pessoas, incluindo 21 mortos, o ciclone tropical Gombe, que provocou 61 mortos, afetou 755.166 pessoas e feriu 117, entre outros eventos climáticos extremos.

Leia Também: Pelo menos cinco "focos de manifestações" nas últimas horas em Moçambique

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