Israel mata palestiniana grávida de oito meses em ataque na Cisjordânia

O marido de uma delas, nomeadamente da que estava grávida, está em estado crítico, e o marido da outra também morreu.

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© Nedal Eshtayah/Anadolu via Getty Images

Lusa
09/02/2025 13:16 ‧ ontem por Lusa

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Médio Oriente

Duas mulheres palestinianas, uma delas grávida de oito meses, morreram baleadas pelas forças israelitas no campo de refugiados de Nur Shams, no norte da Cisjordânia ocupada, anunciou hoje o Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestiniana.

 

As mulheres tinham 21 e 23 anos, referiram.

O marido de uma delas, nomeadamente da que estava grávida, está em estado crítico, e o marido da outra também morreu.

As equipas médicas ainda tentaram salvar o bebe da mulher grávida, mas sem sucesso.

Além destas, registaram-se ainda três feridos, um rapaz de 14 anos, uma mulher baleada na cabeça e outra com ferimentos no pé.

O exército israelita anunciou hoje a expansão da sua ofensiva no norte da Cisjordânia ocupada para o campo de Nur Shams, na província de Tulkarem, afirmando que as forças já mataram vários "terroristas" e prenderam pessoas procuradas na zona.

Numa mensagem, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou que Israel está a "esmagar as infraestruturas terroristas nos campos de refugiados e a impedir o seu regresso".

"Não permitiremos que o eixo iraniano do mal estabeleça uma frente terrorista que ameace os assentamentos de Samaria", disse o ministro, usando o nome bíblico para a Cisjordânia ocupada no norte.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Nacional Palestiniana, que governa uma pequena parte do território, referiu que a morte da mulher grávida e do seu bebe é "mais uma prova de que a ocupação tem como alvo deliberado a população civil".

Em comunicado, o gabinete afirmou ter apelado aos organismos internacionais e à ONU para que responsabilizem Israel e protejam o povo palestiniano da "brutalidade e abuso" de Israel.

A agência noticiosa oficial palestiniana Wafa adiantou que as forças israelitas enviaram maquinaria pesada para o campo durante as primeiras horas da manhã e lançaram vários ataques a casas na zona.

Entretanto, no campo vizinho de Tulkarem, as forças israelitas continuam a invadir casas, muitas das quais vazias e em ruínas após duas semanas de incursões.

Israel lançou uma operação maciça em 21 de janeiro contra o campo de refugiados de Jenin, um reduto histórico das milícias palestinianas no norte da Cisjordânia ocupada, que depois alargou ao campo de Tulkarem e à cidade de Tamun, na província de Tubas.

A ofensiva já causou a morte de mais de 20 pessoas, incluindo três crianças: um bebé de dois anos, um rapaz de 10 anos e outro de 16 anos.

A operação, denominada Muro de Ferro, foi anunciada apenas dois dias após a entrada em vigor do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

Leia Também: Israel alarga ofensiva na Cisjordânia ocupada

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