Em comunicado, o líder da organização pan-árabe denunciou "veementemente" o plano de "transferência de palestinianos para o reino saudita" e afirmou que "a lógica em que se baseia é inaceitável e reflete uma total desconexão com a realidade".
Nesse sentido, insistiu que um Estado palestiniano só pode ser estabelecido dentro dos territórios da Palestina e que Jerusalém Oriental deve ser a sua capital, recordando que não deve haver separação entre a Cisjordânia ocupada e a Faixa de Gaza.
"Qualquer outra ideia não passa de um pesadelo ou de ilusões que só existem nas mentes daqueles que as relatam", acrescentou Abulgueit.
Também hoje, o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita saudou "a denúncia, a condenação e a rejeição categórica pelos países irmãos das declarações de Netanyahu sobre a deslocação do povo palestiniano da sua terra".
"O reino sublinha a sua rejeição categórica de tais declarações, que visam desviar a atenção dos crimes sistemáticos cometidos pela ocupação contra os irmãos palestinianos em Gaza, incluindo o genocídio a que estão expostos", refere um comunicado do ministério.
As declarações de Israel sobre a criação de um Estado palestiniano na Arábia Saudita foram igualmente rejeitadas pelo Egito e pela Jordânia, cujos ministérios dos negócios estrangeiros as qualificaram de "agressivas", "instigantes" e "uma violação flagrante do direito internacional e da Carta das Nações Unidas".
Também a Organização de Cooperação Islâmica (OCI), composta por 57 Estados, qualificou em comunicado a proposta de deslocação dos habitantes de Gaza como "limpeza étnica" e considerou as declarações israelitas "uma violação da soberania e da segurança nacional da Arábia Saudita".
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