Russell Vought, o novo diretor do Gabinete de Gestão e Orçamento, ordenou à agência num 'email' enviado no sábado à noite que suspendesse as datas de entrada em vigor de quaisquer regras que foram finalizadas, mas ainda não estavam em vigor, interrompesse o trabalho de investigação e não iniciasse qualquer nova investigação.
A agência tinha sido alvo de críticas dos setores conservadores desde que o então Presidente norte-americano, Barack Obama, fez pressão para a incluir na legislação de reforma financeira de 2010 que se seguiu à crise financeira de 2007-2008.
A mensagem enviada por Vought dava ainda indicações para que "cessassem todas as atividades de supervisão e exame", segundo a Associated Press.
Vought disse numa publicação nas redes sociais que a agência não iria retirar mais fundos à Reserva Federal (Fed), acrescentando que o seu atual financiamento de 711,6 milhões de dólares (cerca de 685 milhões de euros) era "excessivo". O Congresso determinou que o gabinete de proteção financeira do consumidor fosse financiado pela Fed para o proteger de pressões políticas.
Obama criou o gabinete na sequência da bolha imobiliária e da crise financeira de 2007-2008, que foi causada em parte por empréstimos hipotecários fraudulentos. Foi uma ideia da senadora democrata do Massachusetts Elizabeth Warren e atraiu críticas e processos judiciais de grandes bancos e associações ligadas ao setor financeiro.
A mensagem enviada por Vought dizia que o Presidente norte-americano, Donald Trump, o tinha nomeado diretor interino da agência de proteção do consumidor na sexta-feira, depois de ter demitido o anterior diretor do departamento, Rohit Chopra, no dia 01 de fevereiro.
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