Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF) dão conta de um "ataque preciso, baseado em dados dos serviços de informação, contra um túnel que se estende do território sírio ao libanês e é utilizado pelo Hezbollah para contrabandear armas".
As IDF indicaram que atingiram "vários outros locais do Hezbollah" no Líbano, apesar do cessar-fogo em vigor desde o final de novembro entre Israel e o movimento armado libanês, após mais de um ano de hostilidades.
A agência nacional de notícias do Líbano informou hoje que "aviões de guerra israelitas hostis" lançaram vários ataques na fronteira entre o Líbano e a Síria, incluindo um contra uma passagem de fronteira.
Mesmo na vigência do cessar-fogo, Israel continuou a realizar ataques no Líbano, e ambos os lados acusaram-se repetidamente de violar a trégua.
Segundo os termos do entendimento, as forças israelitas deveriam ter concluído a sua retirada do sul do Líbano até 26 de janeiro, onde apenas o Exército libanês e as forças de manutenção da paz da ONU podem ser mobilizados.
Por outro lado, assim que caiu o regime sírio de Bashar al-Assad, aliado do Hezbollah, em 08 de dezembro, Israel enviou tropas para uma zona tampão desmilitarizada nos Montes Golã, no sudoeste da Síria, ultrapassando a parte do planalto que ocupou desde a guerra de 1967 e anexou em 1981.
Israel, que vê as novas autoridades de Damasco com desconfiança, já realizou centenas de ataques em instalações militares do antigo regime na Síria, argumentando que quer evitar que o seu arsenal caia nas mãos das antigas forças rebeldes.
O Hezbollah começou a atacar Israel um dia após a ofensiva do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que desencadeou o atual conflito na Faixa de Gaza e desestabilizou todo o Médio Oriente.
Após mais de um ano de trocas de tiros que desalojaram dezenas de milhares de pessoas ao longo da fronteira israelo-libanesa, Israel intensificou os seus ataques no final de setembro do ano passado, que eliminaram altos dirigentes da liderança do Hezbollah, provocaram mais de 1,2 milhões de deslocados e acima de três mil mortos, segundo as autoridades de Beirute.
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