O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, defendeu, esta segunda-feira, que contribuir para os objetivos da Operação Militar Especial, termo utilizado pela Rússia para definir a guerra na Ucrânia, é um "dever sagrado" comum.
"O nosso dever sagrado é fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que os objetivos da Operação Militar Especial sejam plenamente realizados, tal como o presidente russo, Vladimir Putin, instruiu e como os nossos heróis nas frentes fazem diariamente", afirmou, num discurso no Dia dos Diplomatas Russos, citado pela agência de notícias estatal TASS.
Lavrov afirmou que "hoje, tal como há 80 anos, quase toda a Europa se uniu novamente e anunciou a necessidade de infligir uma derrota estratégica à Federação Russa pelas mãos do regime de Kyiv e, mais uma vez, isto está a acontecer sob bandeiras nazis, sob símbolos nazis".
O ministro defendeu ainda a necessidade de respeitar a Carta das Nações Unidas, mas também garantir que os seus princípios sejam cumpridos, apesar do desejo do Ocidente de "mais uma vez ter uma ‘vitória esmagadora’, como sonham constantemente".
"É fundamentalmente importante para nós, hoje, tal como durante a Grande Guerra Patriótica [Segunda Guerra Mundial], mostrar firmeza, lealdade aos ideais da nossa pátria, à sua história, à herança dos nossos grandes antepassados e, ao mesmo tempo, lealdade aos ideais da Carta das Nações Unidas", sublinhou Lavrov.
Sublinhe-se guerra foi desencadeada pela Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, segundo justificou Putin. Desconhece-se o número de baixas militares e civis, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
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