"Israel é um Estado fascista", gritavam os manifestantes, alguns dos quais com cartazes, nos quais se liam acusações de cobardia, relata a agência noticiosa France-Presse sobre a manifestação de apoio a Mahmoud e Ahmad Mouna.
Os trabalhadores na Livraria Educacional, uma instituição cultural de Jerusalém Oriental, aguardam julgamento depois de detidos por suspeita de "venderem livros que incitam ao ódio", declarou Dean Elsdunne, porta-voz da polícia, em comunicado.
Durante a operação de domingo, a polícia encontrou livros sobre "temas nacionalistas palestinianos", acrescentou a mesma fonte, indicando ter sido pedido o prolongamento da detenção de Mahmoud e Ahmad Mouna.
O advogado da família Mouna, Nasser Odeh, confirmou que "centenas de livros" tinham sido apreendidos ao final da tarde de domingo.
"É inacreditável, há gerações que vimos a esta livraria", frisou Sidra Ezrahi, uma mulher israelo-americana na casa dos oitenta anos que participou na manifestação. Já vi de tudo em 60 anos aqui, mas isto [a detenção dos livreiros] continua a ser inacreditável, é o que fazem os Estados fascistas", acusou.
"Chocada com o ataque das forças israelitas à Livraria Educativa em Jerusalém Oriental - um farol da vida intelectual e uma jóia de família que resiste à eliminação de todos os vestígios palestinianos sob o 'apartheid'", escreveu Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os Territórios Palestinianos, na rede social X.
A mesma responsável apelou aos representantes estrangeiros em Jerusalém que "apoiem a família Mouna e defendam este centro vital".
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