"Trump deve lembrar-se que há um acordo [de tréguas] que deve ser respeitado por ambos os lados [Israel e Hamas] e que esta é a única forma de trazer os prisioneiros de volta. A linguagem das ameaças não vale nada e só complica as coisas", disse Sami Abou Zouhri, um líder do movimento islamista palestiniano.
Uma frágil trégua negociada pelo Qatar com a ajuda dos Estados Unidos e do Egito entrou em vigor a 19 de janeiro entre Israel e o Hamas, após mais de 15 meses de guerra que devastou a Faixa de Gaza.
O cessar-fogo resultou até ao momento na libertação de 16 reféns israelitas, sequestrados a 07 de outubro de 2023 durante o ataque do Hamas que desencadeou as hostilidades - em troca de cerca de 700 palestinianos detidos por Israel.
Cinco reféns tailandeses também foram libertados.
Espera-se que um total de 33 reféns israelitas sejam libertados durante a primeira fase da trégua, que termina a 01 de março.
No entanto, o Hamas anunciou na segunda-feira que ia adiar indefinidamente a próxima troca prevista para sábado, acusando Israel de múltiplas violações da trégua.
Israel classificou a decisão do Hamas como uma "violação total" do acordo e ordenou que o seu exército estivesse pronto "para todos os cenários".
O Hamas garantiu então que a porta permanecia "aberta" para a libertação de reféns israelitas em troca de prisioneiros palestinianos "o que ocorrerá como planeado" no sábado, "assim que [Israel] tiver cumprido as suas obrigações".
"No que me diz respeito, se todos os reféns não estiverem de volta até ao meio-dia de sábado --- penso que é uma data razoável ---, eu diria: 'Cancelem e o caos instalar-se-á'", disse Donald Trump na segunda-feira.
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