Uma mulher portuguesa, de 40 anos, foi condenada, no final de janeiro, por fraude contra a Segurança Social na Suíça, depois de obter 201 mil francos suíços, mais de 212.700 euros, indevidamente.
A mulher recebeu o dinheiro em prestações sociais, não declarando numerosos recursos. A arguida acabou apanhada depois de se deslocar à polícia para tentar recuperar 80.000 francos que tinham desaparecido, segundo o jornal 24 heures.
O jornal diz que a mulher efetuava tratamentos no seu salão e cobrava 100 francos por consulta. Acumulou grandes somas de dinheiro em contas em Portugal.
"Não é essa a minha definição de necessitado", afirmou Patrick Galeuchet, procurador do Ministério Público, durante a audiência em tribunal.
Foi em 2018 que começaram as suspeitas. Por razões não detalhadas, os serviços sociais pediram que a mulher revelasse todos os seus bens, incluindo os do estrangeiro, face aos seus pedidos incessantes. Nessa altura, a mulher viajou para Portugal para esvaziar as suas contas e levou o dinheiro para a Suíça na bagagem.
Contudo, conta o jornal, as notas desapareceram de um esconderijo no quarto alguns dias depois, o que a levou a apresentar queixa, lançando suspeitas sobre o ex-companheiro - este processo acabou com o homem ilibado, acreditando-se que a mulher orquestrou um falso roubo "e guardou o dinheiro algures", argumentou um procurador.
A mulher defendeu-se dizendo que tinha ficado traumatizada devido a um casamento anterior, que a deixou numa depressão.
"Tinha medo de não conseguir sobreviver sozinha, de não conseguir pagar a educação dos meus filhos", disse o advogado da portuguesa.
O juiz condenou-a a uma pena de 24 meses de prisão, suspensa por quatro anos. Para evitar a prisão, a mulher deve restituir a totalidade do montante que recebeu indevidamente.
"Vou devolver cada cêntimo", assegurou a portuguesa.
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