Egito defende recuperação de Gaza e a manutenção dos habitantes

O Egito anunciou hoje que tem um plano sobre o futuro de Gaza que garante a reconstrução do enclave sem a deslocação da população contrariando a exigência do Presidente norte-americano de expulsar os habitantes do enclave para outros países.

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© Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images

Lusa
12/02/2025 08:20 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

A Faixa de Gaza, marcada pela guerra entre o Hamas e Israel desde outubro de 2023, é habitada por cerca de dois milhões de pessoas.

 

"O Egito afirma a intenção de apresentar uma visão abrangente para a reconstrução da Faixa de Gaza, de uma forma que garanta a sobrevivência do povo palestiniano na terra a que pertencem e em sintonia com os direitos legítimos e legais deste povo", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio num comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Com esta nota, o Cairo confirma o anúncio feito na terça-feira pelo rei jordano Abdullah II em Washington durante um encontro com o Presidente dos Estados Unidos.

Donald Trump insiste em que os Estados Unidos tomem conta e reconstruam Gaza "como um projeto imobiliário" e defende a expulsão dos habitantes para o Egito e para a Jordânia, provocando protestos nos países árabes.

Para os Estados da região, a solução apresentada por Trump significa o fim da causa palestiniana e pode perturbar a segurança e a paz no Médio Oriente.

A limpeza étnica, entendida como a expulsão forçada de um grupo étnico de um território, constitui um crime contra a humanidade e pode ser considerada um crime de genocídio, de acordo com as Nações Unidas.

A Liga Árabe, composta por 22 Estados, rejeitou categoricamente o plano de Trump, insistindo na necessidade de implementar a solução "dois Estados", que estipula a criação de um Estado palestiniano ao lado do Estado israelita em Gaza e na Cisjordânia ocupada.

"O Egito aspira a cooperar com a administração do Presidente Trump para alcançar uma paz abrangente através de uma solução justa para a causa palestiniana que respeite os direitos dos povos da região", refere o comunicado egípcio.

O Cairo, o primeiro país árabe a assinar a paz com Israel em 1979, seguido pela Jordânia (1994), insistiu na importância de se "evitarem riscos".

"O Egito sublinha que qualquer visão para resolver a causa palestiniana deve evitar pôr em risco as conquistas da paz e deve abordar as raízes e as razões do conflito, pondo fim à ocupação israelita dos territórios palestinianos e implementando a solução 'dois Estados' como a única via para a estabilidade e a coexistência entre os povos da região", sublinha a diplomacia egípcia.

O governo do Cairo, que procura uma posição árabe unificada em relação ao plano de Donald Trump, convocou uma cimeira extraordinária dos membros da Liga Árabe para o dia 27 de fevereiro e, na terça-feira, anunciou que vai acolher uma reunião ministerial dos 57 países da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) com o mesmo objetivo.

Leia Também: Rei da Jordânia manifesta oposição ao plano de Trump para Gaza

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