Acordo de Trump com Rússia "não é traição" a Kyiv

O Secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, defendeu hoje que a iniciativa do Presidente norte-americano, Donald Trump, de chegar a acordo com a Rússia sobre a guerra da Ucrânia "não é uma traição" a Kyiv.

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Lusa
13/02/2025 08:41 ‧ há 4 horas por Lusa

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"Nenhum país, como o Presidente Trump salientou, assumiu um compromisso maior com a missão ucraniana do que os Estados Unidos da América. Mais de 300 mil milhões de dólares [cerca de 288 mil milhões de euros] que os Estados Unidos investiram na estabilização das linhas da frente após a agressão da Rússia, [portanto] não se trata de uma traição", disse Pete Hegseth.

 

Falando à chegada da reunião dos ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, o responsável norte-americano sublinhou existir "um reconhecimento de que o mundo inteiro e os Estados Unidos estão investidos e interessados na paz, na paz negociada e, como disse o Presidente Trump, em acabar com a matança".

"Isso exigirá que ambos os lados reconheçam coisas que não querem e é por isso que penso que o mundo tem a sorte de ter o Presidente Trump [pois] só ele, neste momento, pode reunir os poderes para trazer a paz, e isso é um sinal bem-vindo", adiantou Pete Hegseth.

Depois, também junto ao Secretário da Defesa dos Estados Unidos, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, falou numa "clara convergência" na Aliança Atlântica de que "é preciso haver paz na Ucrânia" e que o país esteja "numa posição de força".

Nestas declarações, Mark Rutte voltou a advogar por um "aumento das despesas com defesa" por parte dos Aliados.

"Temos de aumentar as despesas com a defesa porque sabemos que não nos podemos proteger daqui a quatro ou cinco anos se não o fizermos", adiantou.

Nessa ocasião, Pete Hegseth reforçou que a aposta de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), em defesa "não é suficiente".

"Nós vamos defender que até 5% é o investimento necessário dos países da NATO para garantir que somos capazes de enfrentar as ameaças do futuro, seja a Rússia ou uma China ascendente que também tem as suas próprias ambições", concluiu.

Os ministros da Defesa dos 32 Estados-membros da NATO reúnem-se em Bruxelas, um dia depois de os líderes dos Estados Unidos e da Rússia terem assumido o compromisso de iniciar "de imediato" negociações sobre a guerra na Ucrânia.

O conflito na Ucrânia tem sido um dos principais focos de preocupação dos aliados durante os últimos quase três anos e impôs novos desafios à segurança europeia.

Esta é a primeira reunião da Aliança Atlântica que vai contar com a presença do novo secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth. Portugal está representado por Paulo Vizeu Pinheiro, embaixador e representante permanente junto da NATO.

A reunião acontece um dia depois de Donald Trump e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, terem mantido uma longa conversa telefónica em que, entre outros assuntos, discutiram a guerra na Ucrânia e comprometeram-se a iniciar "de imediato" negociações sobre o assunto.

Posteriormente, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou ter falado igualmente ao telefone com o homólogo norte-americano sobre as "possibilidades de alcançar a paz" na Ucrânia.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022.

Leia Também: China saúda telefonema de Trump e Putin: "Única forma de sair da crise"

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