"Estão a ameaçar atacar a nossa central nuclear de Natanz. Venham atacá-la. Foram os cérebros dos nossos filhos que a construíram", declarou o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, durante uma visita à província de Buchehr, no sul do país.
"Se destruírem uma centena [de instalações nucleares], os nossos filhos construirão mil", afirmou, sem se referir diretamente às informações da comunicação social norte-americana.
Citando responsáveis dos serviços secretos dos Estados Unidos, os diários The Washington Post e The Wall Street Journal noticiaram ser provável que Israel ataque as centrais nucleares de Fordo e de Natanz, no centro do Irão, durante o primeiro semestre de 2025.
A 26 de outubro passado, Israel atingiu alvos militares no Irão, matando quatro soldados, em retaliação a um ataque de cerca de 200 mísseis lançados por Teerão a 01 de outubro, num contexto de grande tensão na altura relacionado com a guerra na Faixa de Gaza e no Líbano.
De acordo com analistas, Israel infligiu graves danos às defesas antiaéreas e à capacidade de disparo de mísseis iranianos e poderá ainda lançar uma ação em maior escala contra a República Islâmica. O Irão negou que tenham sido causados grandes danos às suas instalações.
Ao regressar à Casa Branca para um segundo mandato presidencial (2025-2029), o republicano Donald Trump reintroduziu a sua política de "pressão máxima" sobre o Irão, por temer que o país esteja a tentar produzir armas nucleares.
"Gostaria de que fosse concluído um acordo nuclear com o Irão. Prefiro fazer isso do que bombardeá-lo", declarou hoje Trump ao diário The New York Post.
"Se concluirmos o acordo, Israel não o bombardeará", acrescentou.
O Irão nega que esteja a tentar dotar-se de armas nucleares.
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